ANA ADÉLIA JÁCOMO
O vereador Domingos Sávio (PMDB) anunciou nesta terça-feira (4) que irá entrar com uma representação judicial contra a Agência Municipal de Água e Esgoto Sanitário (Amaes). Segundo ele, a empresa Cab Ambiental tem promovido cobranças indevidas de consumidores que moram em condomínios fechados, quitinetes e empresários.
O peemedebista fez duras críticas à agência ao dizer que ela não tem serventia e que funciona como um cabide de empregos para o município. “Descobrimos a forma ilegal como a Cab tem cobrado. A Amaes é um cabide de emprego, não fiscaliza nada. Vou entrar com uma ação para ver se ela presta para alguma coisa, porque para mim não presta para nada. Quero colocar em cheque a autonomia e a eficiência da Amaes. Eles sequer respondem aos meus requerimentos”, disse Sávio.
O advogado Marilton Procópio Casal Batista usou a tribuna da Câmara de Vereadores para reclamar das cobranças. Representando o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi-MT), ele afirmou que há condomínios sendo lesados em ao menos R$ 1.400 mensais.
“Estou denunciando as cobranças indevidas que contrariam uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Eles fazem a cobrança com base em um cálculo mínimo de consumo, não levando em conta a economia do usuário. Estabelecem que todos os apartamentos tem que pagar o consumo mínimo de 10 metros cúbicos de água. São R$ 1.400 reais de cobrança indevida por mês só neste caso. A Cab omite quanto a pessoa gastou”, declarou o advogado.
O vereador Francisco Vuolo (sem partido) pegou carona na discussão e afirmou que a Cab Ambiental é uma indústria de fazer dinheiro. Segundo ele, o próprio prefeito Chico Galindo (PTB) tem feito críticas a atuação da empresa, demonstrando certo arrependido por ter realizado a concessão da extinta Sanecap. Vuolo chegou a sugerir a criação de uma CPI para investigar a empresa.
“Essa Cab é uma indústria de fazer dinheiro. O próprio prefeito tem criticado a Cab. Cuiabá não pode ser penalizada e está claro que o caminho da concessão foi errado. Coloco aqui o desejo de ver uma CPI. Se decidirem implantá-la, para que a Casa possa entrar lá e saber o que está acontecendo, contem com minha assinatura”, afirmou Vuolo.