MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Desde a cassação do ex-presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD), o vereador Toninho de Souza (PSD), que presidiu a Comissão de Ética, que apontou a quebra de decoro do ex-vereador, tem vivido dias difíceis dentro do partido.
Após muitas reclamações de estar sofrendo discriminação e perseguição por parte das lideranças partidárias, Toninho resolveu se desfiliar da sigla, mas não consegue notificar o partido sobre sua intenção e com isso, o pedido fica parado. A ‘artimanha’, como denominou Toninho, pode ser uma estratégia do partido para pedir a cassação do vereador.
Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (05), Toninho relatou à imprensa que apesar de ter ingressado com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra o PSD pedindo sua desfiliação, tem sido impossível notificar o presidente municipal, Wilson Teixeira, o Dentinho, que estaria dando um “olé” nos oficiais do TRE.
“Bate no PSD está fechado. Bate no Crepromat não encontram o Dentinho o dia inteiro. Ele é presidente de lá. Que dizer que ele não dá expediente no Cepromat o dia inteiro?”, reclamou Toninho.
De acordo com Toninho, sem notificar o partido, seu processo não tem continuidade, o que para ele é outro ato que configura uma perseguição política da sigla contra ele.
“Tudo depende da notificação do TRE. Eu infelizmente sofro essa marcação implacável do PSD”, lamentou.
Enquanto Toninho tenta notificar o partido, Dentinho alega que o vereador incidiu em infidelidade partidária. O presidente municipal da sigla, já teria declarado à reportagem do site Olhar Direto, que o PSD vai pedir na Justiça a cassação do vereador, o que confirma a “teoria de conspiração” do parlamentar.
“Já havíamos rejeitado mesmo a defesa prévia que ele (Toninho) apresentou. As justificativas apresentadas para o descumprimento da norma de que companheiro de partido não vota em companheiro de partido até que tenha alguma decisão judicial em consonância com o caso, foram inconsistentes. Ele tinha conhecimento do estatuto partidário. Como ele quis levar às vias judicias, vamos levar também e vamos ingressar com o pedido de cassação do mandato dele. O mandato pertence ao partido, não ao parlamentar”, disse Dentinho.
Ainda alimentando esperanças de que consiga notificar o partido, Toninho ressaltou que se conseguir notificar, em cinco dias o processo iria para o julgamento do pleno. Ainda de acordo com o vereador, caso o Tribunal vote a favor de sua ação, ele espera que possa ficar cerca de oito meses sem partido até definir uma nova sigla.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os mandatos eletivos pertencem aos partidos políticos pelo qual o candidato foi eleito, portanto se comprovada infidelidade partidária, isso pode colocar o mandato de Toninho em risco.
Mas se o vereador conseguir que sua ação seja votada, ele pode continuar na Câmara, mesmo com outro partido, pois a prerrogativa já foi aberta através dos vereadores Haroldo Kuzai e Domingos Sávio (licenciado), ambos eram do PMDB e migraram para o SDD.
De acordo com Toninho, ele já recebeu convites de vários partidos entre eles o PDT, DEM e o PSB, mas ele ainda irá avaliar.
Reghis do Carmo 05/06/2014
Este é o mundo da política: sujo e repleto de falsidades. O sr. Toninho de Souza merece esta expulsão e a perseguição de seus \"parceiros\". Todos sabem que ele é um oportunista e está sempre na \"barca\", buscando o lado mais vantajoso. Infelizmente para ele agora, seus companheiros estão se vingando pelo fato dele ter se comportado conforme devia, afinal o sr. João Emanuel abusou da sorte. Foi muito juvenil nas atitudes e deplorável no comportamento. Na política de MT, se apertar bem, não salva um. Triste fim.
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