ANA ADÉLIA JÁCOMO
O senador Pedro Taques (PDT) pediu que o Ministério Público Estadual (MPE) investigue o suposto pagamento que o ex-secretário de Fazenda Eder Moraes (PR) fez a empresa Ortolan Assessoria e Negócios Ltda, a fim de quitar uma dívida na ordem de R$ 6,1 milhões.
Conforme denúncia recebida por Taques, o então secretário de Fazenda encaminhou ao Banco Industrial e Comercial S/A (BicBanco), nos dias 21/12/2009 e 02/03/2010, ofícios informando que o Governo do Estado liquidaria uma conta no valor de R$ 6,1 milhões em nome da empresa.
No entanto, após consulta aos registros da execução financeira, verificou-se que não consta nenhum empenho ou pagamento a esta empresa e tampouco empenho ou pagamento com esse valor e com essa finalidade à instituição financeira.
Segundo o senador, “pairam fortíssimas dúvidas acerca dos atos de gestão sugeridos pelos documentos mencionados”. Ele levanta duas hipóteses. A primeira é a de que se o secretário assumiu o compromisso de efetuar o pagamento sem que a Assembleia autorizasse na lei orçamentária e sem que existisse um processo formal de empenho.
O que para o senador "está no mínimo comprometendo a credibilidade do Estado ao fazer uma promessa que não pode legalmente cumprir”.
A outra hipótese é: se o então secretário efetuou o pagamento sem respaldo na Constituição, cometeu o crime de realizar despesa não autorizada pelo orçamento e o crime de responsabilidade de ordenar despesas não autorizadas por lei ou sem observância das prescrições legais.
“Para que seja lícito o Estado realizar qualquer tipo de pagamento, este deve estar previsto na Lei Orçamentária Anual e resultar de um processo regular de empenho e liquidação da despesa. Os ofícios não levam qualquer identificação do motivo ao qual o secretário se compromete a pagar, com recurso do Estado, dívida da empresa citada”, consta da representação.
PRECATÓRIOS
Além das questões formais, o senador Pedro Taques aponta aos órgãos de controle elementos que também levantam dúvidas relacionada ao pagamento. Conforme pesquisas preliminares, o grupo empresarial a que pertence a Ortolan, beneficiária do suposto pagamento, anuncia-se na Internet como “intermediador de precatórios”.
Ela faz “corretagem” de precatórios, intermediando entre os possuidores de créditos vencidos e não pagos pelos Estados e Municípios e aqueles que querem utilizá-los para abater dívidas que tenham com esses mesmos entes.
Tal prática é permitida por algumas leis estaduais e, segundo o parlamentar, em princípio não é irregular. No entanto, ele frisa que isso não envolve nem pode envolver o pagamento de despesas públicas. “Então, jamais um secretário de Fazenda do Estado poderia comprometer-se a fazer pagamentos em função de qualquer tipo de compensação de precatórios”, frisou.
Outro aspecto abordado por Pedro Taques diz respeito às denúncias veiculadas na imprensa dando conta de que o proprietário dessa empresa era pivô de um esquema para enganar os compradores dos precatórios. A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso também investiga possível participação do então secretário de Fazenda Éder Moraes em irregularidades no próprio reconhecimento de dívidas que poderiam ser compensadas como precatórios.
O senador Pedro Taques destaca que empenhou esforços, de forma independente, na busca de informações, assim que recebeu a denúncia. “Estou cumprindo meu dever constitucional de fiscalização e zelo pela coisa pública. Acredito que única forma de obtenção do esclarecimento necessário é uma apuração da existência, materialidade e fundamento legal dos atos cuja existência se infere”, justificou o senador.
ELEIÇÃO
Vale lembrar que Taques é um dos principais cabos eleitorais do candidato a prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB), enquanto Eder é um dos articuladores da campanha de Lúdio Cabral (PT), que também disputa à Prefeitura de Cuiabá. Eder tem feito críticas constantes a Mendes e seria um dos responsáveis pela queda nas pesquisas de opinião.
Segundo o Ibope, Mauro detinha 41% das intenções de voto e Lúdio, pouco mais de 14%. Contudo, em uma semana o petista saltou para 29%, já Mauro registrou uma queda de 9 pontos, e hoje detém 38%. Com esses números, é certo que haverá segundo turno na Capital.
Vicente Terra 18/09/2012
Se gritar pega ladrão neste Estado, não fica um meu irmão. Eder sabe que nada vai acontecer com ele, pois a policia não investiga, o ministério público não denuncia, a justiça é morosa e ineficaz e as autoridades e o povo é complacente com a corrupção.
Mauro Figueiredo 17/09/2012
O PEDRO TAQUES JÁ ESTÁ ESPERNEANDO. O PEDRO FALOU MAL DO BLAIRO E ESTÁ JUNTINHO DELE, O EDER FOI SECRETÁRIO DO BLARIO, O PIVETA QUE É DO MESMO PARTIDO - PDT O PEDRO TAQUES NÃO FALA NADA. É QUE O PEDRO TAQUES NÃO ESTÁ CONSEGUINDO TRANSFERIR VOTOS PARA O MAURO MENDES E ESTÁ NO DESESPERO. O POVO É SÁBIO. E CENSURAR OS SITES FOI A PIOR DAS BOBAGENS QUE UM CANDIDATO PODERIA FAZER. CHAU PEDRO, MAURO, BLAIRO,......
2 comentários