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Cuiabá, 12 de Julho de 2025
12 de Julho de 2025

17 de Outubro de 2015, 17h:00 - A | A

POLÍTICA / ROUBADAS DA COPA

Silval mandou diminuir viaduto da UFMT e fez elevado onde seria trincheira

"Quando descobriram aquele pilar fora de prumo, não foi um erro do consórcio e sim porque diminuíram o tamanho, neste caso tiveram que mexer na estrutura. A Avenida Parque do Barbado é um crime contra Cuiabá", disparou o ex-diretor da Agecopa.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



Os motivos que tornaram a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) a pior da história de Mato Grosso vem sendo, aos poucos, revelados por ex-aliados. Nesta semana, o ex-diretor de Infraestrutura da extinta Agecopa, Carlos Brito, contou durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das obras da Copa que Silval mandou diminuir cerca de 80 metros do viaduto da UFMT por falta de recursos.

"Vocês viram que o viaduto da UFMT tranca o cruzamento da Avenida Brasília, em frente ao shopping Três Américas. Ele foi encurtado em 80 metros porque o governo queria reduzir custos", revela Brito.

O complexo fazia parte dos projetos do governo do Estado para a realização da Copa do Mundo de 2014 na capital para a implantação do Veiculo Leve Sobre Trilhos (VLT) que já consumiu 80% do valor inicialmente orçado (R$ 1,47 bilhão), mas apenas 30% do trabalho foi feito.

O ex-diretor lembra ainda que o erro no acabamento de um dos pilares de sustentação das vigas pré-moldadas do viaduto, que estava em tamanho menor que os pilares corretos, não foi falha do consórcio e sim um ajuste para encurtar a extensão da obra.

"Quando descobriram aquele pilar fora de prumo, não foi um erro do consórcio e sim porque diminuíram o tamanho, neste caso tiveram que mexer na estrutura. A Avenida Parque do Barbado é um crime contra Cuiabá", disparou.

“Vocês viram que o viaduto da UFMT tranca o cruzamento da Avenida Brasília, em frente ao shopping Três Américas. Ele foi encurtado em 80 metros porque o governo queria reduzir custos. Quando descobriram aquele pilar um pouco acima do que os outros, não foi um erro do consórcio e sim porque diminuíram o tamanho, neste caso tiveram que mexer na estrutura. A Avenida Parque do Barbado é um crime contra Cuiabá. Por conta desse VLT”, critica o ex-Agecopa.  

Outro detalhe importante que foi revelado por Brito aos membros da CPI, é que no lugar do viaduto da Sefaz, e que muitos apelidaram de “Hot Wheels”, na verdade era para ser uma trincheira para aliviar o fluxo na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, mas uma vez, por falta de recursos, o projeto foi alterado. É importante ressaltar, que após a inauguração foi necessário interditar o local por duas vezes para fazer reparos, pois a obra oferecia risco a população devido a frágil estrutura.

Reprodução

Silval Viaduto

Segundo o ex-diretor de Infraestrutura da Agecopa, Carlos Brito, no lugar de uma trincheira o ex-governador construiu o viaduto para economizar.

 

“O brinco da rainha, era uma trincheira ligando a Juliano Costa Marques a Avenida da Assembleia com pista dupla, mas virou viaduto", declarou Brito.

“O brinco da rainha, era uma trincheira ligando a Juliano Costa Marques à Avenida da Assembleia com pista dupla, mas virou viaduto. A Miguel Sutil que vem duplicada, mas quando chega à Carmindo de Campos vira uma rua, nós defendíamos que fosse duplicada”, conta Brito.

O mesmo aconteceu em Ruas e Avenidas de Cuiabá e Várzea Grande que tiveram projetos cancelados, alterados e não concluídos e que também fazem parte do “legado” de Silval.

“A Estrada do Moinho duplicada desde lá do Tijucal, mas quando chega ao Jardim Leblon você não vai a lugar nenhum, existe apenas uma rotatória e um monte de ‘ruazinhas’. Defendíamos que chegasse duplicada até a Jurumirim. Iriamos ligar o Parque do Lago com a Avenida 31 de Março em Várzea Grande, para integrar o bairro que fica escondido. Mas não fizemos esses projetos para sobrar recursos e construir o VLT”, confirma.

Brito conclui dizendo que o “preço que pagamos foi muito grande. Projetos importantes foram abandonados. Falavam que estávamos atrapalhando, mas atrapalhando o que? Sendo que defendíamos que achávamos certo”.

Carlos Brito deixou a extinta Secopa (antes Agecopa) após desentendimento com então secretário Eder Moraes.  Os motivos seriam as várias divergências relacionadas ao andamento das obras da Copa e do próprio VLT.

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Marcela 20/10/2015

O fato é: Roubou, roubou e roubou mais um pouco... Isso não dá pra esconder! TODAS as obras da copa estão um lixo, FEITAS PELAS COXAS, colocando a vida da população em risco, esses 'CARAS' não pensaram nenhum pouco no povo, ROUBARAM O DINHEIRO e que se dane os mato-grossenses!! QUANTAS VIDAS FORAM CEIFADAS COM OS DESVIOS DESTAS VERBAS?? (dinheiro que poderia ser investido em hospitais, escolas, segurança...) COMETERAM CRIME, CRIME CONTRA TODA A POPULAÇÃO HABITANTE DE MT. (ROUBARAM O MEU, O SEU, O NOSSO DINHEIRO) AINDA CORREMOS O RISCO DE MORRER A QUALQUER MOMENTO COM O DESABAMENTO DESSAS 'OBRAS' ESDRÚXULAS!! Corruptos MERECEM PENA MÁXIMA! Pois se fosse o ZÉ que roubou uma galinha, iria apodrecer na cadeia né!?

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João Moessa de Lima 18/10/2015

Não havia pilar fora do prumo como está na matéria e sim pilar com altura menor que a prevista. Este erro não tem nada haver com suposta ordem do Governador em diminuir o comprimento do viaduto, foi pura e simples incompetência de quem executava a obra. O pilar em questão estava no meio da ponte então não tinha nada haver com diminuição do comprimento. Mesmo depois da correção um conjunto de pilares ficaram mais baixo que deveriam é só observar com um pouco de cuidado o segundo conjunto de pilares no sentido bairro centro está mais baixo que deveria fizeram uma concordância na lage superior para disfarçar. Estou comentando porque sou engenheiro civil e costumava visitar as obras esta estive várias vezes.

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antunes silva 17/10/2015

Esse povo merece prisão perpétua, são criminosos contumazes não pensaram que poderia morrer muita gente só pensam no dinheiro.

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3 comentários