DA REDAÇÃO
Está previsto para a tarde desta quarta-feira (21), o depoimento do ex-secretário de Fazenda do Estado, Eder Moraes, ao ministro do STF, Dias Toffoli, no Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
A informação é do advogado de Moraes, Fábio Lessa. O ex-homem forte das gestões Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), foi preso durante a quinta fase da operação Ararath, realizada pela Polícia Federal, em Cuiabá, nessa terça-feira (20).
Éder Moraes é investigado pela polícia federal onde supostamente estaria envolvido em esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros praticados no Estado através de factorings, do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, autor das informações que culminaram nesta nova fase da Operação Ararath.
O advogado de Eder Moraes revelou que a defesa já teve acesso ao processo, por causa disso, o ex-secretário não pedirá o benefício de delação premiada, como havia sindo comentado.
Após a prisão aqui em Cuiabá, Eder Moraes foi encaminhado até a sede da Polícia Federal, na Avenida do CPA, e na sequência transferido de avião, juntamente com o deputado estadual José Riva (PSD), que também foi preso durante o dia de ontem, para Brasília. Os dois ficaram detidos na carceragem da Polícia Federal.
DEFESA DE RIVA ENTRA COM HC
Advogado do deputado estadual José Riva (PSD), preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (20), Rodrigo Mudrovitsch disse que para que o deputado fosse preso fora de flagrante, em uma investigação, caso da 5ª fase da operação “Ararath”, seria necessária autorização da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o que não ocorreu.
Mudrovitsch ingressou, no início da noite dessa quarta-feira (20), com pedido de revogação da detenção do parlamentar, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é a de que o ministro José Antonio Dias Toffoli deva analisar o pedido ainda esta semana.
O pedido formulado se baseia em 2 fundamentos, o de que a prisão de um deputado estadual, nestas condições, só poderia ocorrer em caso de flagrante delito, e a de que ele não representa risco para as investigações, motivo alegado pelo Ministério Público Federal (MPF) e acatado por Toffoli para decretar a prisão.
O defensor reforça que Riva, afastado há mais de 1 ano da presidência da AL, não interfere na administração do Legislativo e nem questiona o afastamento, determinado pela Justiça por outra investigação.
