MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Sem nenhum concorrente, o atual presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB), deve se reeleger, em sessão extraordinária às 16h, nesta segunda-feira (25), para o comando da Mesa Diretora da Casa , no próximo biênio.
À frente da presidência desde que o ex-vereador João Emanuel renunciou ao cargo, Pinheiro articulou o consenso em torno de seu nome junto aos demais vereadores, o que garantiu a construção de uma chapa única para o pleito.
O vereador Leonardo de Oliveira (PTB), que chegou a ‘encabeçar’ um grupo de vereadores criando uma segunda chapa para concorrer com Pinheiro, tirou seu nome da possível disputa alegando que a maioria dos parlamentares preferiu o consenso de reeleger Pinheiro.
A disputa entre os vereadores será apenas para ocupar os cargos de 1º e 2º vice-presidente, assim como 1º e 2º secretário. Para a vice-presidência da Mesa Diretora, concorrem os vereadores Toninho de Souza (PSD), Haroldo Kuzai (SDD) e Juca do Guaraná Filho (PTdoB). O segundo mais votado fica com a 2ª vice-presidência.
Para o cargo de 1º secretário, concorrem a vereadora Lueci Ramos (PSDB) e Chico 2000 (PR). O segundo mais votado fica com a 2ª secretaria.
1ª ELEIÇÃO EM AGOSTO
Esta é a primeira vez que a eleição da Mesa Diretora da Casa será realizada em agosto, a mudança foi incluída no novo regimento interno da Casa. Apesar de serem eleitos agora os novos membros da direção só irão assumir seus postos em janeiro de 2015.
Na Câmara essa alteração não agradou a todos. Recentemente, o vereador Maurélio Ribeiro (PSDB) declarou ao RepórterMT que a alteração é desnecessária.
“Eu acho errado. Não terminou o pleito e vamos eleger uma pessoa que vai ter uma outra pessoa dirigindo a casa por mais seis meses, com um candidato eleito. Na minha opinião é muito ruim, porque o eleito só assume em janeiro.
Maurélio também aproveitou para ‘alfinetar’ sobre a mudança no regimento interno da Casa que estabeleceu que a eleição fosse realizada em agosto e frisou que o processo será ofuscado pela realização das campanhas eleitorais.
“Eu acho que foi alguma conveniência de momento, que está sendo mantida. Se você me perguntar se eu compactuo com isso, também não. Porque nós temos uma eleição agora. Todo mundo só fala em eleição (...) Parece coisa feita, né? Fica sorrateiro e é um processo importante e não pode ser assim, porque a sociedade como todo quer participar. O peso da opinião pública, até mesmo para os vereadores realizarem seu voto, é muito importante”, ressaltou.
