CARLA ARAÚJO
UOL
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem relatado a aliados preocupação com o que chamou de "polarização desenfreada", que na sua visão atrapalha a discussão do tema da segurança.
Após dar a relatoria do projeto do governo ao deputado Guilherme Derrite (PP-SP), Motta defendeu ter feito uma escolha técnica, mesmo o deputado sendo o secretário da Segurança de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Pressionado pelo governo e também por governadores de direita, Motta adiou a votação nesta semana, mas disse a aliados que vai trabalhar para que a matéria não fique numa "eterna discussão".
À coluna, o presidente da Câmara disse que todos ainda deverão sentar à mesa, mas que isso não pode comprometer o andamento da pauta.
"O povo está cansado de ver bandido entrar e sair pela porta da frente. Está na hora de leis duras, penas firmes e menos brechas para criminoso voltar pra rua", disse.
"Nosso dever é mostrar ao nosso povo um futuro melhor, não o medo de todos os dias. E é preciso que fique claro quanto ao objetivo do parlamento: ser espaço aberto de diálogo", completou.
Derrite disse ao UOL que também vai dialogar, mas que o projeto estará maduro para ser votado na próxima semana.
O otimismo de Motta e de Derrite não encontram eco em fontes do governo que ainda insistem que o texto tem problemas e que o debate não deveria ser feito de forma acelerada.















