PAULO COELHO
DA REPORTAGEM
O secretário de Estado de Planejamento Marco Marrafon prestou depoimento na manhã desta terça-feira (27) à CPI das Organizações Sociais de Saúde (OSS) e garantiu que a dívida do governo junto aos hospitais regionais de Colíder, Alta Floresta e o de Várzea Grande, deixadas pelo IPAS, organização social que gerenciava essas unidades é que não honrou compromisso estabelecido, já que recebia repasse financeiro do Estado, para que o Institutopagasse a atribuições das unidades, como os salários dos servidores e pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços, o que não vinha ocorrendo.
“A gente teve dificuldade par analisar os documentos, fizemos uma força-tarefa para analisar essa documentação e colocar todos atrasos em dia, só semana passada foram mais de 40 milhões de reais”, apontou Marrafon.
“A gente teve dificuldade par analisar os documentos, fizemos uma força-tarefa para analisar essa documentação e colocar todos atrasos em dia, só semana passada foram mais de 40 milhões de reais”, apontou Marrafon.
O secretário ainda disse que o maior entrave para a realização dos pagamentos foi justamente a identificação exata do que realmente estava sendo devido. Essa análise criteriosa e métrica quanto à dívida foi uma determinação direta do governador Pedro Taques (PSDB).
“Na medida em que essa questão foi equacionada, aí a gente começou a realizar os pagamentos”, emendou o secretário.
Para o presidente da CPI das OSS, deputado Dr.Leonardo (PDT), o depoimento de Marrafon foi “salutar” pois muitos esclarecimentos foram feitos pelo secretário. O governo, de acordo com o secretário, defende um sistema misto para gerir a saúde mato-grossense. “Na minha opinião, como médico [psiquiatra], ela ficaria mais viável nesse momento para solucionarmos algumas questões, como as de ordem trabalhista. Eu que seja corrigido; deu errado, pois no estado não deu certo. Foi um fracasso esse modelo de gestão e mudando para qualquer outro modelo de gestão, se o Estado não tiver o controle, continuará dando errado”, disse.
"Foi um fracasso esse modelo de gestão e mudando para qualquer outro modelo de gestão, se o Estado não tiver o controle, continuará dando errado”, disse o presidente da CPI.
De acordo com o secretário Marrafon, o Estado deve, a partir de agora, que as contas estão sendo sanadas, dividir o modelo gestão.
“A gente deve privilegiar a administração direta em Alta Floresta e Colíder e o Metropolitano, deve voltar para uma organização social, mas com um novo contrato, com fiscalização e metas bem definidas para que tenhamos os padrões de desempenho que almejamos”, afirmou.
COMPRA DE MEDICAMENTOS
Marco Marrafon também anunciou a compra de R$ 32 milhões em medicamentos, o que seria uma medida preventiva, justamente para evitar falta de medicação. “Nós queremos garantir a aquisição de medicamentos durante todo o recesso das fábricas, que devem parar nos próximos meses e com isso, a partir do ano que vem as coisas já estarão totalmente regularizadas nesse sentido”, completou Marrafon.