ANDRÉA HADDAD
A ex-primeira-dama de Mato Grosso, Isabel Coelho Pinto Campos, esposa do deputado federal Júlio Campos (DEM), faleceu no final da tarde deste sábado, 1º de dezembro, em um hospital particular da Capital.
Aos 66 anos, ela estava em fase terminal de câncer no ovário e no útero.
Após longo tratamento, Isabel voltou a ser internada no último domingo (25). Anteriormente, tinha ficado 28 dias no hospital, e chegou a receber alta no último feriado prolongado. Isabel deixa o marido e 4 filhos, Laura Cristina, Júlio Neto, Consuelo e Sílvia Renato.
Às 21h - A morte da ex-primeira-dama do Estado Isabel Campos (66), esposa do deputado federal Júlio Campos (DEM), repercute no cenário político mato-grossense. O prefeito de Várzea Grande, Antonio Gonçalo Pedroso de Barros, o Maninho de Barros (PSD), lamentou em nota o falecimento e decretou luto oficial. O velório vai ser na Capela Jardins, em Cuiabá, a partir da meia noite.
Izabel Campos nasceu em nove de outubro de 1945 e morreu no final da tarde deste sábado, 1º de novembro, de câncer. Ela marcou época no cenário político pela atuações em cargos ligados ao posto do marido, o ex-governador e deputado federal Júlio Campos (DEM), irmão do senador e ex-prefeito de Várzea Grande por três mandatos, Jayme Campos.
A ex-primeira-dama foi presidente da Fundação de Promoção Social (Prosol) e secretária de Educação de Várzea Grande, com mais autonomia do que outras lideranças políticas do primeiro escalão do governo Júlio Campos (1983-87).
Ela é apontada, ainda hoje, como primeira-dama do Estado que mais soube exercer sua influência política, sendo apelidada – pelos próprios aliados da época, como a “dama de ferro”, em alusão à primeira ministra Margaret Thatcher, do Partido Conservador, da Inglaterra, sempre implacável com os adversários.
Na semana passada, o estado de saúde de Isabel gravou e. na quarta (21), foi internada novamente no hospital Santa Rosa, onde faleceu no final da tarde deste sábado. No início da semana, os médicos conversaram com Júlio, as três filhas e o filho Júlio Campos Neto, além de três irmãs da ex-primeira-dama, sobre o agravamento do estado de saúde e a irreversibilidade do caso.
Carinhosamente conhecida por Loló, Isabel ficou órfã da mãe aos cinco anos. O pai José Pinto, comerciante do bairro do Porto, internou-a com outras três das quatro irmãs no Asilo e Orfanato Imaculada Conceição, em Poconé, e, posteriormente, no Colégio Imaculada Conceição, em Cáceres, onde a ex-primeira-dama fez os cursos primário e secundário.
Em 1973, quando exercia o cargo de delegada de ensino de Mato Grosso, foi convidada pelo então prefeito de Várzea Grande, Júlio Campos, para assumir a Secretaria Municipal de Educação. Ela despertou a atenção do gestor, à época solteiro. Casaram-se no final de dezembro de 1975. Da união nasceram quatro filhos Laura, Consuelo, Júlio Neto e Silvia.
Durante mais de 30 anos, participou ativamente das campanhas eleitorais do marido, começando pela de 1978, quando Júlio foi eleito proporcionalmente o deputado federal mais votado da História de Mato Grosso. Em 1982, foi a principal coordenadora da campanha eleitoral que resultou na vitória de Júlio Campos ao Governo do Estado. Há quem aponte a professora o diferencial que garantiu a vitória sobre o padre Raimundo Pombo, candidato pelo PMDB.
Com a posse do marido, ela assumiu a presidência da Prosol, onde ficou de 1983 a 1986. Mesmo à frente da instituição, continuou por algum tempo dando aulas na Universidade Federal de Mato Grosso. Ela participou ainda das campanhas de Júlio à Assembleia Nacional Constituinte, em 86, ao Senado, em 90 e na derrota para Dante de Oliveira ao governo estadual, em 1998. Em 2008, já debilitada pela doença, ajudou como pôde na tentativa de Júlio retornar à prefeitura.
Em 1982, participou da implantação e inauguração da Rádio Industrial AM, a primeira de Várzea Grande. Já em 1989 comandou a reestruturação e modernização do jornal O Estado de Mato Grosso, tornando-o primeiro a ser impresso pelo sistema off set e em cores. Sob sua direção, em 1992, a TV Brasil Oeste tornou-se a primeira emissora a transmitir via satélite para todo o Estado.
A família Campos emitiu nota, na tarde de hoje, sobre a ex-primeira dana de MT.
Veja na íntegra:
A ex-primeira dama do Estado de Mato Grosso e de Várzea Grande, Isabel Pinto de Campos, faleceu hoje ( 01), em Cuiabá, aos 66 anos. A professora Isabel Campos foi uma das mais importantes e respeitadas figuras da política mato-grossense, a partir da década de 70 do século passado, ao lado de seu marido, o hoje deputado federal Júlio Campos. Desde 2005, ela vinha se tratando de um câncer que inicialmente atingiu o ovário e depois espalhou-se por outros órgãos. Neste período esteve internada em hospitais de Cuiabá e também no Albert Einstein, em São Paulo, onde submeteu-se a várias cirurgias e dezenas de sessões de quimioterapia radioterapia. Sua garra e vontade de viver permitiu que convivesse com a doença por sete anos. Segundo alguns médicos, o tipo de câncer a que ela foi acometida, estima o tempo de vida entre três a quatro anos.
Na semana passada seu estado se agravou e na quarta-feira (21), foi internada novamente no Hospital Santa Rosa, onde faleceu. No início da semana, os médicos que a assistiram, reuniram-se com o marido da professora, o deputado federal Júlio Campos, as três filhas e o filho, além de três irmãs dela, para comunicarem o agravamento do estado de saúde e a irreversibilidade do caso.
A professora Isabel Campos, carinhosamente também conhecida como Loló, nasceu em Cuiabá, no dia 09 de outubro de 1946. Aos cinco anos ficou órfã de sua mãe Escolástica Coelho Pinto. Com a morte da mãe, seu pai José Pinto, comerciante do bairro do Porto, internou-a juntamente com outras três das quatro irmãs, no Asilo e Orfanato Imaculada Conceição, em Poconé e posteriormente no Colégio Imaculada Conceição em Cáceres, onde fez os cursos primário e secundário.
Retornou a Cuiabá onde concluiu o curso Normal-Magistério, no Colégio Coração de Jesus. Formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras que viria ser um dos embriões da Universidade Federal de Mato Grosso, da qual foi uma das fundadoras, conselheira e se aposentou como professora. Paralelamente ao curso de Letras, montou em um galpão ao lado do ‘bolicho’ de seu pai, uma pequena escola que deu o nome de Santa Isabel. Pelos bancos dessa escola passaram figuras que vieram a se tornar proeminentes na vida mato-grossense.
Entre 80 e 81 fez mestrado na UnB. Defendeu tese de mestrado sobre Literatura Mato-grossense.
Em 1973, quando exercia o cargo de delegada de ensino de Mato Grosso, foi convidada pelo então prefeito de Várzea Grande, Júlio Campos, para assumir a Secretaria Municipal de Educação. Seu espírito de liderança e trabalho despertaram a atenção do jovem e solteiro prefeito. Casaram-se no final de dezembro de 1975. Da união nasceram quatro filhos Laura, Consuelo, Júlio Neto e Silvia.
Sempre afirmava que já tinha conseguido tudo que a vida podia dar como mãe e mulher. Que a família que possuía era um sonho; uma graça divina. Afinal, um marido como Julio campos não era para qualquer uma. Idolatrava os filhos, principalmente quando ligavam quando estavam morando fora. Parava o que estava fazendo para atendê-los e sempre orientava os funcionários “Não estou para ninguém, só para meus filhos”. A sua maior preocupação era que fossem educados e obedientes. Com orgulho afirmava que conseguiu isso. Sobre dona Amália, sua sogra, tinha uma definição simples e direta: uma segunda mãe para mim.
Durante mais de 30 anos participou ativamente das campanhas eleitorais do marido, começando pela de 1978, quando Júlio Campos foi eleito proporcionalmente o deputado federal mais votado da História de Mato Grosso. Em 1982 foi a principal coordenadora da campanha eleitoral que resultou na vitória de Júlio Campos ao Governo do Estado. Há quem aponte a professora Isabel Campos, pela sua participação intensiva naquela campanha, o diferencial que garantiu a vitoria sobre o padre Raimundo Pombo, candidato pelo PMDB.
Com a posse de Júlio Campos, Isabel Campos assumiu a presidência da Fundação de Promoção Social-ProSol, onde ficou de 1983 a 1986. Mesmo à frente da instituição, continuou por algum tempo dando aulas na Universidade Federal de Mato Grosso. Tendo como base a célebre frase do filósofo chinês Confúcio, de ‘ensinar a pescar e não dar o peixe’, deixou em segundo plano na ProSol, o mero assistencialismo paternalista e implantou arrojados programas de promoção e assistência social, saúde, geração e aumento de renda de famílias carentes, planejamento familiar e habitação. Mais do que trabalho, pedia aos seus funcionários que usassem de criatividade nos projetos, maximizando resultados e reduzindo custos.
Na sua gestão, através do Projeto João de Barro, foram construídas em vários municípios, centenas de casas populares. No ano de 1985, implantou o Loteamento Popular Osmar Cabral, que deu origem ao bairro com o mesmo nome, na região Sul de Cuiabá. Em praticamente todos os municípios mato-grossenses deixou a marca e sua filosofia de trabalho.
Ela participou ainda das campanhas de Júlio Campos à Assembleia Nacional Constituinte, em 86; ao Senado, em 90 e na derrota para Dante de Oliveira ao governo estadual, em 1998. Em 2008, já debilitada pela doença, ajudou como pôde na tentativa de Júlio Campos em voltar à Prefeitura de Várzea Grande. Pouco podendo participar de comícios, de passeatas, ou caminhadas, realizou em sua residência dezenas de reuniões com candidatos,a vereador, lideranças comunitárias e de classes. Sua última particpação eleitoral foi em 2010, apenas através de telefonemas e cartas, onde ajudou Julio Campos a voltar à Câmara dos Deputados pela terceira vez.
Paixão pela comunicação
Em sua vida Isabel Campos recebeu dezenas de títulos de cidadania de benemérita, menções honrosas e condecorações, mas gostava mesmo é do título de ‘Professora’, com o qual queria e pedia para ser tratada. Além das salas de aula e dos livros, Isabel Campos tinha uma grande paixão pela comunicação. Desde a década de 80 do século passado, ela participou de importantes projetos na área de comunicação em Mato Grosso.
Em 1982, participou da implantação e inauguração da Rádio Industrial AM, a primeira de Várzea Grande.
Já em 1989 comandou a reestruturação e modernização do jornal O Estado de Mato Grosso, tornando-o primeiro a ser impresso pelo sistema off set e em cores.
Sob sua direção, em 1992, a TV Brasil Oeste tornou-se a primeira emissora a transmitir via satélite para todo Mato Grosso.
Nos últimos 2 anos, devido ao tratamento com quimioterapias, não podia ir diariamente a TV Brasil Oeste ou a Rádio Industrial AM mas, mesmo de casa, dirigia as duas empresas, orientando e dando as diretrizes para os coordenadores do dia a dia das emissoras. No início de 2010, orientou de perto a reestruturação da Rádio Industrial AM, tomando as decisões finais e cobrando os resultados. Acompanhou toda a concepção, criação e implantação do Jornal da Tarde na TV Brasil Oeste.
GILDA GOUVEA 01/12/2012
e lamentavel, tao nova, meus sentimentos a toda familia CAMPOS, que DEUS conforte .
kenia 01/12/2012
meus sinceros sentimentos,muito consolo aos filhos porque e doido perde mae
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