CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
A Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT) entrou com pedido de cassação do mandato do deputado Gilmar Fabris (PSD), por falta de decoro parlamentar. A medida é recorrente ao fato do parlamentar ter xingado servidores públicos e ter mostrado o dedo para eles, em ato obsceno, durante discussão na sessão extraordinária desta terça-feira (28), quando os grevistas protestavam nas galerias do plenário da Assembleia Legislativa, contra a proposta do governo para o pagamento da revisão geral anual, que seria votada pelos parlamentares naquela ocasião.
A alegação dos sindicalistas é de que Gilmar Fabris quebrou o decoro ao xingar os grevistas de “baderneiros”, “desordeiros”, “mau caráter” e ainda afirmar que eles mereciam ser demitidos durante sua fala na tributa.
O processo foi protocolado pelo presidente da CUT estadual, João Luiz Dourado, e remetido para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB), responsável pelo acolhimento ou não do pedido. A alegação dos sindicalistas é de que Gilmar Fabris quebrou o decoro ao xingar os grevistas de “baderneiros”, “desordeiros”, “mau caráter” e ainda afirmar que eles mereciam ser demitidos durante sua fala na tributa. Ao retornar para sua cadeira do parlamento, Fabris ainda continuou o bate-boca com um servidor que estava na galeria e mostrou o dedo.
Por outro lado, o deputado afirma que agiu da mesma forma que foi tratado pelos manifestantes, mas que defende os servidores que estão trabalhando. Ele espera que as negociações ocorram de forma respeitosa, sem ofensas, mas que também não admitirá excessos.
Na noite dessa segunda-feira (27), Wilson protagonizou um bate-boca com o presidente da Sisma, Oscalino Alves, onde se ouviram vários xingamentos, como “moleque” e “vagabundo”.
Além da CUT, outra central sindical, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que representa os servidores afiliados ao Sinpaig (Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo) e ao Sintap (Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado), também pretende ingressar judicialmente contra Fabris e também contra o líder do governo na AL, deputado Wilson Santos (PSDB).
Na noite dessa segunda-feira (27), Wilson protagonizou um bate-boca com o presidente da Sisma (Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado), Oscalino Alves, onde se ouviram vários xingamentos, como “moleque” e “vagabundo”.
De acordo com o representante do Sinpaig e do CSB em Mato Grosso, Antônio Wagner de Oliveira, a entidade já emitiu uma nota de repúdio contra a atitude do tucano e agora avalia, junto ao corpo jurídico, qual a melhor medida judicial cabível contra Wilson e Fabris.
“Com certeza lançaremos uma note de repúdio, até porque ele não tem capital moral para julgar ninguém. Eu pedi para a assessoria jurídica do Sinpaig estudar que medidas seriam cabíveis contra o deputado porque ele tem imunidade parlamentar. A gente tem que saber que tipo de medida a gente poderia tomar, se algum tipo de ação indenizatória coletiva ou entrar com um requerimento por quebra de decoro. A doutora Camila Ramos está estudando as possibilidades jurídicas disso, mas as medidas serão tomadas”, explicou ao .
Veja nota de esclarecimento do deputado Gilmar Fabris:
Sobre os fatos ocorridos durante a sessão extraordinária da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (28), esclareço que ao entrar no Plenário das Deliberações, antes de iniciar a sessão, fui alvo de ofensas e xingamentos por parte dos servidores públicos do movimento grevista que ocupavam a galeria.
Em 24 anos de vida pública, sempre respeitei os servidores do Estado, mas nunca admiti excessos como o que ocorreu hoje comigo e com demais parlamentares, secretários e com o próprio governador ao longo deste processo de votação do RGA. Defendo que os servidores devem ter seus direitos garantidos e a Assembleia Legislativa está fazendo o possível para que os danos sejam os menores possíveis neste momento de crise em que Mato Grosso e outros estados brasileiros estão enfrentando.
Sendo assim, ratifico que continuarei lutando pela garantia dos direitos adquiridos dos mais de 90 mil servidores, mas espero que o movimento grevista aja de forma republicana, reivindicando seus direitos sem ofensas e desrespeito, garantindo que suas manifestações sejam ouvidas, pela manutenção da democracia.
anderson 30/06/2016
Quem mandou votar nesses vendilhoes. Nào vai acontecer nada
Marcos 29/06/2016
Cassação após xingar nessa câmara? Kkkkkkkk.
Lucimar Urbano 29/06/2016
1- Gilmar Fabris , tu caiu de paraquedas como deputado ,devido ao falecimento do então sr Walter Rabelo, lembre se não foi pela vontade do povo , pois não foi ELEITO, foi colocado . Então teve a oportunidade de plantar algo para colher em 2018. E pelo jeito sua semente não é de boa qualidade. 2- Wilson Santos , a sua pessoa nem ouso gastar letras do nosso alfabeto para descreve lo ,PROFESSOR.
Magalhaes 29/06/2016
Que a justça seja feita... por isso que a classe politica a cada dia vai perdendo a sensatez.. ao invés de tentar minimizar são os primeiros a mostrar despreparo diante de uma situação tensa.
4 comentários