\'Encurralado\' pelo TCE, Pinheiro pede trégua a Riva e diz que respeita João Emanuel

RepórterMT

Outro recado, nada gentil, foi para o ex-presidente Deucimar Silva.

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO

Após ser ‘encurralado’ pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que pediu as provas de que a suplementação de R$ 365 milhões para o orçamento da prefeitura de Cuiabá, em 2012 foi realmente legal, o presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio Pinheiro (PTB),  que por coincidência, ficou uma semana afastado das sessões ordinárias para tratamento médico, retornou nesta terça-feira (10), pedindo uma trégua, na ‘guerra política’, ao deputado estadual José Riva (PSD), por conta da cassação do mandato de seu genro, o ex-vereador João Emanuel (PSD).

Pinheiro, que não saiu do plenário para falar com os jornalistas, não explicou o motivo do repentino pedido de paz, mas se mostrou bastante preocupado. Já que o atual presidente parece ter se esquecido das várias críticas ao “rombo” de R$ 8 milhões, que João Emanuel deixou e de tê-lo chamado de 'guri louco', quando o mesmo surgiu o vídeo em que o mesmo se referia aos demais vereadores como ‘artistas’. Nesta terça, o recado que Pinheiro mandou a Riva é de que suas referências ao ex-presidente da Casa eram as melhores possíveis.

“Não tenho nada pessoal contra ao seu genro, o ex-vereador João Emanuel. Quero pedir ao deputado não vamos politizar algumas situações dessas de ordem pública. Tenho maior respeito pelo João Emanuel, mas quero pedir mais uma vez ao deputado José Riva não fiz mais do que cumprir com o que manda a lei”, afirmou.

Na tribuna, Pinheiro também declarou que apesar de considerar que o órgão não tem competência para julgar sua gestão, sua defesa já foi entregue ao TCE, com todos os arquivos exigidos sobre a aprovação da suplementação.

Outro recado dado por Pinheiro, nesta terça, foi para outro ex-presidente da Câmara, o suplente de deputado estadual, Deucimar Silva (PP). Dessa vez, o tom já não foi de gentileza. Contrariado com as declarações do ex-colega que disse recentemente que a suplementação de R$ 365 milhões seria o pior crime já cometido na Câmara de Cuiabá, Pinheiro disparou contra a gestão do ex-colega de parlamento.

“Tem gestor que fala que essa situação vivida hoje é o maior escândalo mundial. Eu fico triste, um ex-gestor desse que compra um vaso sanitário por R$ 100 mil. Isso é legal? Isso é aceitável? Um ex-gestor que faz a reforma do telhado de R$ 1 milhão e R$ 200 mil. Então não vou nem citar o nome desse ex-gestor para não dar chance dele vir querer fazer discurso político em cima de mim. Essa é a última vez que eu falo sobre o assunto. É um assunto encerrado”, frisou.