RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
Após vistoria no Pronto-Socorro de Cuiabá, nesta terça-feira (3), o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) esteve no canteiro da nova unidade de atendimento, onde reclamou sobre o atraso no repasse financeiro do Estado para a obra.
Nos próximos dias, o peemedebista se reune com o governador Pedro Taques (PSDB) para discutir sobre estes recursos e a continuidade das obras da Copa, em Cuiabá, que devem seguir determinações anunciadas nesta segunda-feira (2).
“Nós temos que entender a situação financeira do Estado. Vou pedir uma audiência com o governador para tentar repactuar [a dívida] e acelerar o ritmo das obras dentro da disponibilidade financeira dele”, destacou Emanuel.
Segundo o prefeito, os repasses em atraso à obra do Pronto-Socorro são referentes a dois meses. Até o momento, a Secretaria de Estado de Saúde teria repassado apenas R$ 15 milhões, dos R$ 50 milhões previstos no convênio com a Prefeitura.
“Nós temos que entender a situação financeira do Estado. Vou pedir uma audiência com o governador para tentar repactuar [a dívida] e acelerar o ritmo das obras, dentro da disponibilidade financeira do Executivo", destacou Emanuel.
Ainda na posse do prefeito, no dia (1°), o secretário-chefe da Casa Civil do Estado, Paulo Taques, disse que o governador irá receber o peemedebista, assim que voltar de férias, na próxima semana.
"Jamais eu faria isso. Preciso do Estado e quero que ele lote Cuiabá de obras, mas que antes se submeta ao município", disse sobre decreto que proíbe obras sem acompanhamento da Prefeitura.
A reunião também deve tratar do polêmico decreto do prefeito que proíbe a realização de obras do Governo na Capital, sem o acompanhamento da Prefeitura.
À imprensa, Emanuel minimizou a medida e disse que jamais teve o objetivo de "declarar guerra" ao Palácio Paiaguás, até porque não é "louco".
Por isso, vê a necessidade de conversar com Pedro Taques sobre o assunto. (Leia AQUI).
"Jamais eu faria isso. Preciso do Estado e quero que ele lote Cuiabá de obras, mas que antes se submeta ao Município", completou.
Atendimento
Em vistoria ao Pronto-Socorro, Emanuel disse que a solução para melhorar o atendimento na unidade não é apenas de aumento de repasse de dinheiro.
“Problemas de gestão. O banheiro feminino, por exemplo, não funciona, ar-condicionado faltando e teto caindo. Um desrespeito”, destacou.
O prefeito reclamou que todos os anos a Saúde de Cuiabá consome aproximadamente R$ 750 milhões, sem que melhorias sejam vistas.
“É muito dinheiro. Agora, eu preciso saber onde está indo. Será que está indo para o ralo? Será que não está faltando gestão? Só irei saber isso depois da auditoria”, afirmou o peemedebista.
Em seu primeiro dia de gestão, Emanuel decretou a realização de uma auditoria sobre os gastos da Saúde na Capital.
Novo Pronto-Socorro
A obra está sendo construída no bairro Ribeirão do Lipa, numa área com cerca de 20 hectares, nas proximidades do Centro de Eventos do Pantanal.
Seu custo final estimado é de R$ 76,995 milhões. O prazo de conclusão é de 20 meses.
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