RENAN MARCEL
O ataque ao prédio da Câmara Municipal de Cuiabá, que aconteceu por volta da 1h da madrugada dessa segunda-feira (13) (Veja AQUI), não foi um simples ato de vandalismo, mas “terrorismo”. Pelo menos é o que diz o presidente da Casa, vereador João Emanuel (PSD), em entrevista coletiva concedida à imprensa. O vereador não descarta a possibilidade de crime ter sido um "aviso" aos parlamentares e chegou a vincular a tentativa de incendiar o órgão a ações do crime organizado.
Segundo Emanuel, as primeiras constatações da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), da Polícia Civil, revelam que ato foi premeditado, com clara intenção de atear fogo à Câmara.
“Não foi vandalismo, foi algo próximo ao terrorismo. A intenção, segundo a Politec, era colocar fogo na Câmara. Eles planejaram a ação e tiveram tempo para acender uma vela, que seria usada para colocar fogo no pano preso às garrafas, e jogar as garrafas com o combustível altamente inflamável”, afirmou o presidente.
Questionado sobre a possibilidade de ação ter acontecido como forma de retaliação a alguma decisão do Legislativo o presidente declarou: “Nós temos algumas posturas tomadas pela Câmara, sabemos que existem alguns conflitos de interesses, em vários aspectos, mas quero aguardar o final da investigação para fazer essa conclusão”. Mas não descartou a possibilidade de o ataque ter sido, também, um aviso (ameaça) aos parlamentares, já que foi realizado durante a madrugada, quando o prédio está vazio.
A Politec constatou que os líquidos usados para o ataque foram gasolina e querosene. Duas garrafas continham o primeiro combustível e outras duas, o segundo. Somente as garrafas com querosene foram arremessadas contra as janelas dos gabinetes dos vereadores Ricardo Saad (PSDB) e Toninho de Souza (PSD).
O plano dos bandidos fracassou porque a película de insulfilme dos vidros impediu que os panos incendiados, presos aos gargalos das garrafas, entrassem nos gabinetes. Além disso, a presença do guarda Gilmar Rodrigues, que estava de plantão, inibiu os vândalos de continuarem a ação. “O nosso guarda ouviu os vidros da janelas sendo quebrados e foi até o local”, contou o vereador.
Apesar do fracasso, segundo o vereador, a Polícia também trabalha com a hipótese de que pessoas ligadas ao crime organizado, com conhecimento em explosivos, estejam envolvidas nos ataques.
“A polícia fala mesmo que pode ser algo vinculado ao crime organizado, porque foi algo muito bem pensado, articulado. Até a distância entre o pano e o líquido inflamável dentro da garrafa foi milimetricamente calculado. Certamente foi feito por pessoas experientes, que conhecem de explosivos”, disse o vereador.
O material utilizado pelos vândalos está sob investigação da Politec. Neles foram encontradas algumas digitais, que devem ajudar a identificar os suspeitos, procedimento que pode levar até 10 dias, segundo a Politec.
Agora, como medida para reforçar a segurança do órgão, João Emanuel vai solicitar o funcionamento de uma base da Polícia Militar no prédio da Câmara, que deve fazer o policiamento da região. O vereador também deve recorrer ao governador Silval Barbosa (PMDB), a quem pediu no mês passado o terreno para a construção da nova sede do Poder Legislativo de Cuiabá, no Centro Político Administrativo (Veja
AQUI).
Pedro Pedrera 13/05/2013
Sugiro mudar o nome da Câmara de Cuiabá para Câmara Municipal de Bagdá. Que tal? já era um horror, agora com bomba ta puro Iraque mesmo.. kkkkkk
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