MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
O suplente de deputado estadual Adaltro de Freitas, o ‘Daltinho’ (SDD), renunciou sua candidatura a deputado federal, na chapa do candidato a governador José Riva (PSD), em favor de Rowles Magalhães Pereira da Silva (SDD).
Magalhães foi ex-assessor do vice-governador Chico Daltro (PSD). Ele ficou conhecido nacionalmente por denunciar um suposto esquema de propina milionária usado para definir qual seria a empresa contratada para construir o VLT em Cuiabá e Várzea Grande. Após a denúncia, Rowles foi exonerado do cargo.
A renúncia de Daltinho foi homologada na manhã desta quinta-feira (10) durante a sessão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).
Em entrevista ao RepórterMT, Daltinho alegou que no afã das decisões sobre as candidaturas, não havia calculado os riscos de não conseguir ser eleito, já que a campanha à federal exigiria a organização de uma base bem maior do que a estadual, por isso desistiu de disputar uma vaga à Câmara Federal. Com essa decisão, o suplente de deputado volta ao seu projeto inicial de tentar a reeleição, ocupando agora a vaga que seria destinada a seu filho Adalto de Freitas Filho.
Daltinho confirmou à reportagem que sua substituição será feita por Rowles, que apesar de ter sido considerado um ‘homem-bomba’ dentro do governo, o deputado garante que a motivação de sua substituição pelo ex- assessor não teria ocorrido por articulações para beneficiá-lo.
Rowles participou de toda a reunião que ocorreu na casa do candidato a governador José Riva, no dia 2 de julho, quando foram definidos os demais candidatos da chapa, mas em nenhuma das declarações dos participantes à imprensa, o nome do ex- assessor de Daltro foi mencionado como possível candidato.
A BOMBA DE ROWLES
A denúncia de Rowles foi feita diretamente ao site UOL e publicada em agosto de 2012, revelando que os valores da licitação do VLT eram de conhecimento dos membros do governo e que a empresa CR Almeida, do consórcio vencedor, ofereceu R$ 80 milhões em propina para os funcionários do governo de Mato Grosso para sair vencedora da licitação da obra, de R$ 1,47 bilhão. Rowles ainda afirmou que tinha conhecimento de que o VLT não ficaria pronto para a Copa e citou outras irregularidades.