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Cuiabá, 07 de Outubro de 2024
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22 de Setembro de 2014, 19h:26 - A | A

POLÍTICA / 'VALE TUDO' PELO SENADO

Candidato do PSOL 'rouba a cena' em debate com duros ataques contra adversários

Encontro ocorreu na tarde desta segunda-feira (22), e foi realizado pelo Grupo Gazeta.

ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO



O debate realizado pelo Grupo Gazeta de Comunicação, nesta segunda-feira (22),  foi marcado pelos embates protagonizados pelo candidato do PSOL, Gilberto Lopes Filho, contra os demais concorrentes. Ele atacou Wellington Fagundes (PR), Rui Prado (PSD) e Rogério Salles (PSDB) afirmando que todos são candidatos dos bilionários.

No primeiro bloco, o mediador do debate, jornalista Antônio Carlos, fez um único questionamento aos proponentes ao Senado. Ele enfatizou o clima de ataques entre eles e perguntou sobre a excessiva judicialização do processo eleitoral. “Vale tudo pelo Senado?”, disse ele. Todos disseram que não vale tudo, mas deixaram claro que irão continuar se defendendo dos ataques.

O segundo e o terceiro blocos foram exclusivos para perguntas entre os candidatos. Gilberto Lopes foi o primeiro a perguntar, e escalou Wellington para responder o fato de o republicano receber o apoio do governador Silval Barbosa (PMDB), mas não exibi-lo nos palanques e no horário eleitoral.

Wellington foi sucinto na resposta e disse apenas que não “olha cor partidária” para fazer política. Na réplica, o candidato do PSOL disse que não estava satisfeito com a resposta, no entanto, o republicano continuou afirmando que não esconde Silval e que não trabalha com picuinhas partidárias.

Ao candidato Rogério Salles, Gilberto questionou se ele seria o “candidato dos milionários”, e se seria favorável à taxação de impostos sobre fortunas. “Fico lisonjeado pelo senhor me achar milionário, mesmo eu não sendo. Defendo uma reforma tributária e sou favorável à taxação das grandes fortunas, porque ela faz com que haja uma melhor distribuição de renda”, respondeu o tucano.

Salles também  atacou Wellington citando o Ministério dos Transportes, cujo cargo é indicado pelo PR, e dizendo ter, em seu site, documentos que provam que a ferrovia não chegará a Cuiabá. “A empresa, na verdade, desistiu. Havia um monopólio e o governo federal está acabando com isso. A ferrovia não é de um dono só”, respondeu o republicano.

Prado questionou Salles sobre suas ações para a baixada cuiabana, nos 8 meses em que o tucano foi governador de Mato Grosso. Ele respondeu que foi governador por curto período em época eleitoral e não podia fazer licitação e nem concluir obras.

Disse que fez convênios com municípios para recursos do Fethab atender os municípios. Trabalhou pela reforma agrária e pela transparência no governo com o pregão eletrônico. Fortaleceu o Gaeco e adquiriu as viaturas do Gefron para segurança na fronteira.

No terceiro bloco do debate, Gilberto Lopes voltou sua artilharia contra Rui Prado. Para começar, ele enfatizou que o social-democrata é apoiado pelo deputado estadual José Riva (PSD), que teve registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “O senhor não sente vergonha disso?”, disparou Gilberto. “Sou ficha limpa e aceito com muito orgulho o apoio do deputado José Geraldo Riva”, respondeu Prado.

O candidato do PSOL também colocou Salles em uma situação complicada, o desafiando a doar, para instituições de caridade, o valor recebido como aposentadoria por ter governado Mato Grosso. O tucano afirma que a pensão é um direito, exercido por ele. Concordou que as aposentadorias pagas à população são baixas, mas que a situação é essa por falta de atuação parlamentar.  Ele disse que é demagogia doar dinheiro.

Prado reagiu aos ataques de Gilberto Lopes, lembrando que o segundo suplente da sua chapa é seu próprio pai. “Isso é nepotismo”. Na réplica, o candidato do PSOL afirmou que não faz diferença, uma vez que ele não possui “patrimônio de R$ 50 milhões para comprar mandato", dando a entender que não conta com a vitória.

Wellington também acusou a esposa de Rogério Salles, afirmando que ela seria ‘ficha suja’. “Você falta com a verdade”, disparou Salles, lembrando que ela foi acionada por conta de um contrato de trabalho feito sem concurso.

O último bloco

O clima no último bloco estava pesado. Três candidatos questionaram Fagundes sobre sua evolução patrimonial, um inquérito que apura crime de peculato, supostamente cometido por Fagundes e sua postura contrária ao fim do fator previdenciário. Welington afirmou que o crescimento de seu patrimônio é fruto de sua vida privada, negando responder a processo e prometendo atuar no Senado para acabar com o fator previdenciário. 

Gilberto Lopes não poupou os adversários nem nas considerações finais.  “Ficou provado que os milionários representantes do agronegócio que compram votos estão desesperados”. A frase causou indignação em Rui Prado, principalmente, mas todos requereram direito de resposta. Mas, ao invés de responderem, optaram por agradecer apoiadores e pediram votos para a suas chapas.

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José Bolo Flor 23/09/2014

Não é a toa que o apelido dele é cachorro louco.. kkkk

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1 comentários