ANDRÉA HADDAD/ANA ADÉLIA JÁCOMO
Em menos de 15 dias após o término do segundo turno das eleições em Cuiabá, o prefeito eleito Mauro Mendes (PSB) já ameniza as críticas em relação ao tão alegado “caos” na saúde pública no Estado usado durante a campanha eleitoral, quando estava em campo oposto ao do governador Silval Barbosa (PMDB). “Tenho certeza quer o governador vai se empenhar para pagar este recurso”, despistou o socialista nesta sexta (9), ao chegar ao gabinete do chefe do Executivo, no Palácio Paiaguás, para uma visita de “cortesia”.
Escoltado pelo ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), além do secretário-geral do partido no Estado, deputado estadual Emanuel Pinheiro, Mendes disparou que a cobrança dos repasses para a saúde cabe ao atual gestor, o prefeito Chico Galindo (PTB), até ser empossado, no início do próximo ano. “Esta cobrança efetiva é do atual prefeito, mas podemos dialogar a respeito”, recuou Mendes. Nesta área, ele disse que pretende fazer uma parceria com o Estado para a construção de mais uma unidade hospital em Cuiabá.
Em relação às obras da Copa do Mundo de 2014, Mendes aproveitou para cutucar Galindo. “Certamente, a prefeitura poderia estar fazendo mais. Tem que sair do papel de ator coadjuvante para virar protagonista. Vamos propor projetos, principalmente na área do turismo”.
Maggi, por sua vez, ressaltou o caráter institucional da visita ao governador. Também voltou a frisar que a bancada federal vai estar à disposição do prefeito eleito. “Não estou no papel de interlocutor do Mendes, ele não precisa disso. O Pedro Taques [senador do PDT] também foi convidado para esta reunião, mas não pôde comparecer em função de um compromisso em São Paulo”, explicou o republicano.
MINISTÉRIO
Sobre a possibilidade de assumir alguma pasta no Governo Federal, Maggi declarou que não teve convite algum da presidente Dilma Rousseff (PT), com quem vai se reunir nos próximos dias para cobrar agilidade nas obras do Estado. “Não passa de boato e fofoca”, respondeu o republico, em tom taxativo.