MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Na disputa de quem ficaria com a vaga de candidato ao Senado no grupo da oposição liderado pelo pré-candidato ao governo, o senador Pedro Taques (PDT), o ‘peso’ do DEM no cenário político, venceu os 12 anos de governo do PR, que iria contra o discurso do grupo.
Após muita discussão, Taques anunciou aos aliados, na reunião realizada nesta segunda-feira (09), que sua decisão é que Jayme Campos (DEM) fique e represente o grupo na disputa pelo Senado, descartando assim a candidatura do deputado federal Wellinton Fagundes (PR) pela oposição.
“O pré-candidato deve ser o senador Jayme Campos. Essa é minha posição que eu defendi na reunião. Os partidos políticos entendem que o senador Jayme Campos tem essa legitimidade”, declarou Taques.
Ainda de acordo com Taques, vários partidos já destacaram ter interesse na vaga de suplente de senador.
“O PSB quer indicar a deputada estadual Luciane Bezerra para suplência do senador, o PTB tem nome para a suplência do senador Jayme Campos, o PSDB também tem nome isso será debatido”, frisou.
De acordo com Jayme, dos 14 partidos que participaram da reunião apenas o PV e o PSB do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, que articulava a parceria com o PR, não concordaram de pronto com sua candidatura, alegando que seria necessário levar a proposta para a avaliação dos partidos.
“95% dos partidos já aprovaram que gostariam de me ter como candidato ao Senado”, frisou Jayme.
Anteriormente diante da possibilidade de ter que disputar dentro do grupo a vaga de candidato ao Senado, com Wellinton Fagundes, Jayme declarou que se o PR entrasse o DEM sairia e recentemente ‘ameaçou’ levar consigo outros partidos que apoiam Taques, sugerindo criar uma terceira via. A possibilidade de perder de perder o DEM e provavelmente outro aliado, parece que pesou muito na decisão do pré-candidato a governador.
Em entrevista ao programa de rádio Folha Mix, na manhã desta terça-feira (10), o prefeito Mauro Mendes, que defendeu e articulou a ida do PR para a oposição fez questão de ressaltar que essa ‘negociação’ foi uma decisão dos aliados que o designaram como o interlocutor e que agora essa declaração da preferência do pré-candidato precisa ser debatida entre a executiva do grupo, mas que certamente a decisão de Taques deve se sobressair.
“Mas certamente se o senador Pedro Taques disse que gostaria de ter Jayme Campos como companheiro de chapa, isso tem um peso muito forte; isso é um indicativo muito relevante”, pontuou.
