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Cuiabá, 19 de Maio de 2025
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28 de Setembro de 2012, 18h:09 - A | A

POLÍTICA / LUCAS DO RIO VERDE

Acusado de corrupção, juíz Gahyva pede afastamento do TRE

A decisão foi tomada pelo presidente do TRE desembargador Gerson Ferreira Paes

ANA ADÉLIA JÁCOMO



Após o juiz André Luciano Costa Gahyva ter sido acusado de participar de um esquema para prejudicar a campanha do candidato a prefeito de Lucas do Rio Verde pelo PDT, Otaviano Pivetta, o presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Gerson Ferreira Paes, aceitou pedido de afastamento feito pelo juiz da 21ª Zona Eleitoral do município.


A decisão da presidência do Tribunal ocorreu na manhã desta sexta-feira (28). O magistrado foi acusado de suposta imparcialidade em ações da Justiça Eleitoral, com um suposto favorecimento ao candidato do PMDB à prefeitura da cidade, Rogério Ferrarin.


A gravação de um áudio revelaria um suposto diálogo entre o magistrado e Henry Peter, que é filho do coordenador da campanha de Ferrarin. A presidência do TRE-MT designou o juiz eleitoral Bruno D’Oliveira Marques para responder, em substituição, pela 21ª zona.  D´Oliveira é juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Lucas do Rio Verde.


O áudio teria sido captado na última segunda-feira (24). Na oportunidade, o magistrado estaria acompanhado de Henry Peter, identificado como “homem” na gravação. O objetivo da reunião, que teria sido em uma estrada vicinal na zona rural, na saída da cidade, seria um esquema para prejudicar a candidatura de Otaviano Pivetta.


Na conversa, o suposto juiz comenta que já teria indeferido pedidos do candidato Otaviano Piveta, o que comprovaria parcialidade e favorecimento ao candidato Rogério Ferrari, no pleito eleitoral em Lucas do Rio Verde.


Demonstrando nervosismo, o juiz parece desconfiado e chega a comentar que teme a chegada da polícia no local, já que, segundo ele, não teria como explicar o encontro. A voz também afirma que teme conversar dentro do carro de Ferrarrin, já que o veículo poderia conter um grampo e captar a conversa de ambos.


Mesmo assim, aceita a proposta e troca de veículo para conversarem. 14 minutos depois retorna ao próprio veículo, por isso, o teor do diálogo não foi captado.


Desconfiado, relembra até mesmo o caso do ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Paggot e do contraventor Carlinhos Cachoeira, que, segundo ele, foram pegos por grampos. Após conversar com Ferrarin, ele e Henry seguem conversando sobre a mulher do candidato, que classificam como “bonita” e detentora de metade dos votos do marido.

 

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