DA REDAÇÃO
O vereador cuiabano Chico 2000 (PR) teve o mandado de prisão temporária decretado pela Justiça. Ele é acusado de abusar sexualmente de sua enteada de 11 anos.
A ordem de prisão foi decretada no domingo (4). Nesta terça-feira (6), o político foi procurado em sua residência e no seu local de trabalho, a Câmara Municipal de Cuiabá, mas não foi localizado, sendo dessa forma considerado foragido.
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A denúncia foi registrada em boletim de ocorrência no último dia 16 de novembro. A acusação foi feita pela menina, acompanhada de uma tia.
O caso
O suposto abuso, segundo a menor, teria ocorrido no dia 11 de novembro, durante a festa de aniversário da mãe, realizada na casa do vereador.
A menina contou que, enquanto descansava em um dos quartos da casa, o vereador foi até lá para saber o que acontecia.
Ela disse que Chico 2000 pediu para que ela sentasse em seu colo. A menor relatou que teria atendido ao pedido e, enquanto conversava, o parlamentar passava a mão em seus seios e barriga.
Ela então teria saído do colo do vereador e ido para outro quarto. No entanto, afirmou que o acusado a seguiu e pediu para que ela sentasse no seu colo novamente.
Depois de insistir, a menina contou que voltou ao colo do parlamentar, que continuou com a molestá-la da mesma forma.
No boletim de ocorrência, a menina afirmou que o vereador ainda teria tentado acariciar suas partes íntimas, mas desistiu porque o telefone celular tocou.
A menor disse que não contou o abuso à mãe para não interromper a festa de aniversário.
Contudo, no dia 16, ela teria discutido com o vereador e, então, resolveu contar o fato à tia paterna.
A tia, então, buscou a menina e a acompanhou no registro do boletim de ocorrência.
A denúncia é investigada pela Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente (Deddica), da Polícia Civil.
Outro lado
Logo que o caso foi divulgado pela imprensa, o vereador Chico 2000 disse que estava sendo "vítima de armação".
O parlamentar afirmou que a situação seria uma forma de vingança porque, há dois anos, ele ajudou a noiva F.O.C (mãe da menina) a rever a guarda da criança na Justiça, em Canarana (837 km a Nordeste de Cuiabá), onde a criança morava.
Dizendo-se extremamente fragilizado, o vereador 2000 disse que está “acabado” emocionalmente e que conta com o apoio da mãe da menina.
“Minha noiva deu uma declaração no conselho [tutelar], falando da minha postura, da minha posição, sempre respeitosa para com ela e com a filha”, disse.