JOÃO RIBEIRO
O mês de setembro deste ano foi o mais violento de Cuiabá e Várzea Grande. Juntando as duas cidades 40 pessoas foram assassinadas. Somente na Capital houve 24 mortes, já no município vizinho 16.
Em agosto, o número foi bem menor, sendo que Cuiabá teve 19 pessoas assassinadas e Várzea Grande apenas 10. Já em julho, o total foi ainda mais inferior para a capital mato-grossense, que registrou apenas 11 mortos. Porém, no município vizinho o número era mais elevado, totalizando 13 pessoas mortas.
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Conforme as investigações, boa parte dos assassinatos estão ligados ao tráfico de drogas e ex-detentos que acabaram de sair das cadeias. Geralmente as vítimas são mortas por dívidas com drogas, no caso dos usuários, e acerto de contas, para os ex-presidiários.
Já para o investigador Carlos, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), segundo uma pesquisa realizada pela Polícia Civil, os assassinatos geralmente aumentam no fim do mês.
“O crime de homicídio é imprevisível, porém se intensificam no final do mês, quando as pessoas recebem os salários, dando mais possibilidade a um assalto que pode gerar um latrocínio (roubo seguido de morte)”, explicou.
Outro fator para aumento dos homicídios nas grandes cidades é o consumo de drogas e bebidas alcóolicas.
“O consumo de drogas lícitas e ilícitas é um dos fatores primordiais para os assassinatos. Geralmente as pessoas ingerem esses tipos de drogas e sob o efeito das substancias acabam cometendo esses crimes”, disse.
Somente nesses primeiros nove meses do ano 269 pessoas já foram assassinados. A previsão é que esse total pode chegar a 300 até o final do ano.