SILVANA RIBAS
A GAZETA
   Um  criminoso acusado de assalto fugiu de dentro do Pronto-Socorro de  Cuiabá, usando uma cadeira de rodas, apesar de estar com uma barra de  ferro em uma das pernas no domingo (3). A versão inicial apresentada  pelo agente carcerário responsável pela guarda do preso foi de que 3  homens armados, usando um táxi, invadiram o local e ameaçaram  funcionários e pacientes, fugindo com o preso. >>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão O caso só chegou à imprensa ontem e a Secretaria de Justiça e  Segurança Pública (Sejusp) determinou a apuração da responsabilidade  para a Polícia Civil. O fugitivo é Wallney Pinheiro de Souza, 29, preso na madrugada do dia  19 de setembro, acusado de, em companhia de outros 5 criminosos,  invadir a fábrica da Ambev, no bairro Novo Tempo. Seis pessoas, entre  funcionários e seguranças, foram mantidos como reféns na época. Foram  roubados 2 revólveres e R$ 2,5 mil em dinheiro, além de celulares.  Wallney foi atingido por um tiro em uma das pernas ao tentar fugir da  Polícia Militar e estava internado, imobilizado com uma barra de ferro  no ferimento, em decorrência do tratamento. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a investigação  será realizada pela Delegacia de Capturas (Polinter), para apurar as  responsabilidades na fuga. O delegado Milton Teixeira, informou que  ontem estava em São Paulo e que não havia sido comunicado do fato, mas  que retorna na quarta-feira e dará início as investigações caso tenha  sido determinado na sua ausência. "A fragilidade em torno da segurança dos presos acaba sempre  responsabilizando os agentes penitenciários, em caso de fugas", afirma a  secretária do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário de Mato  Grosso (Sindspmt), Jacira Maria Silva. Ela confirmou a versão da  invasão e lembrou que além de não haver policiamento da PM no hospital,  os agentes carcerários trabalham desarmados. Segundo ela, os criminosos  sabem disso e por isso agem com tranquilidade. Com isso, os agentes  ficam vulneráveis a ação dos bandidos e ainda acabam apontados como  suspeitos de facilitarem as fugas. Segundo o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, Walter  Silveira dos Santos, o preso fugiu porque foi "mal cuidado". Segundo  ele, depois da história inicial da invasão, foi descoberto, por meio dos  outros pacientes do quarto, que Wallney, que não estava algemado, puxou  uma cadeira de rodas que estava no quarto para perto da maca, desceu e  sentou nela, em seguida deixou o pronto-socorro em um táxi. "O responsável pela guarda do preso não sabia nem a hora que isto  ocorreu. No que percebeu a fuga acionou a PM e chegamos ao local em  menos de um minuto. Mas o criminoso não foi localizado", assegurou o  coronel que atribui a vigilância do preso ao sistema prisional. Walter acredita que o preso teve apoio dos outros membros da  quadrilha, pois poderia delatá-los ao ser ouvido no inquérito, o que não  havia ocorrido. Disse que ele corre o risco de morrer de infecção, caso  não procure atendimento médico, pelo fato de ter uma barra de ferro  ainda na perna.




 
      
      
    
 
                
                 
                   
     
     
     
     
    





















