DA REDAÇÃO
A Polícia Judiciária Civil prendeu um integrante de quadrilha que atua em roubos a banco, na modalidade “novo cangaço”, arrombamentos a caixas eletrônicos com uso de explosivos e ainda assaltos comerciais. O suspeito, Marcos Sérgio Scandiani de Paula, 31, conhecido por “Gordo ou Quinho”, foi preso na sexta-feira (20), por policiais civis da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), da Capital, no bairro 1º de Março.
O preso, que tem passagens por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e ameaça, foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio, resistência e desobediência pela delegada Elaine Fernandes. Ele conduzia uma BMW preta, ano 2010/2011, comprada a vista, por R$ 125 mil, dinheiro segundo ele, juntado de arrombamentos de caixa eletrônico e roubos a bancos.
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A prisão ocorreu quando Marcos, na companhia de mais dois comparsas, retornava de um assalto que deu errado, pois o dinheiro que iriam roubar de uma garagem de venda de veículos já havia sido depositado. Durante o trajeto, eles cruzaram com os policiais no bairro 1º de Março, que estranharam o veículo e decidiram abordar, mas ao darem comando de parada, o veículo saiu em alta velocidade, atirando contra os policiais.
Na perseguição, dois quilômetros depois, o motorista do automóvel, Marcos Sérgio Scandiani de Paula, perdeu o controle do carro e colidiu contra o muro de uma residência. Em seguida, os três suspeitos desceram do veículo atirando contra os policiais. Um dos disparos atingiu o vidro da viatura e por pouco não acertou os investigadores, que para conter os suspeitos trocaram tiros, vindo um dos disparos a atingir de raspão o braço do conduzido Marcos Sérgio. “Os suspeitos não pararam de atirar mesmo enquanto corriam”, disse o investigador Gerson Rodrigues de Assis, que efetuou a prisão na companhia de outro policial.
Em interrogatório, Marcos Sérgio relatou que praticou vários arrombamentos a caixas eletrônicos utilizando dinamite e citou uma agência do Banco do Brasil, em Brasília, uma Cooperativa do Sicredi, da cidade de Guarantã do Norte, e dois caixas eletrônicos de Peixoto de Azevedo, de onde conseguira levar R$ 385 mil. Ele também confessou que participou do roubo de uma loja de compra de ouro em Guarantã do Norte e do assalto ao Banco do Brasil de Nova Mutum, na modalidade Novo Cangaço, no final do ano 2011.
No roubo a agência bancária, contou que a quadrilha chegou numa S10 preta (finan), dirigida por ele. Segundo ele, a caminhonete foi estacionada em frente ao banco, de onde os comparsas armados com fuzil R15 e submetralhadora atiraram nos vidros da agência, de onde roubaram R$ 300 mil. Conforme Marcos, a quadrilha ficou oito dias escondida na mata se alimentando de comida enlatada, salsicha e sardinha, que após deixaram as armas na mata e depois “algumas meninas foram buscar”.
Conforme o preso, sua participação no roubo lhe rendeu R$ 52 mil.