THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT
O promotor de Justiça do Ministério Público Vinicius Gahyva Martins pediu, na última sexta-feira (09), a manutenção da prisão preventiva de Silvio Júnior Peixoto, que matou o comerciante Gersino Rosa, o Nenê Games, e o vendedor Cleyton de Oliveira de Souza. Ambos foram assassinados dentro do Shopping Popular de Cuiabá, em novembro de 2023.
No pedido, o promotor alegou que a defesa de Silvio não encaminhou nenhum elemento novo ao processo que seja capaz de alterar a decisão que decretou a prisão preventiva dele.
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“Assim, não havendo alteração fática desde a decisão que decretou a prisão preventiva do réu, e revelando-se a segregação cautelar medida necessária garantia da ordem pública e para assegurar a lei penal, bem como não sendo o caso da aplicação de medida cautelar diversa da prisão, o Ministério Público se manifesta CONTRARIAMENTE ao pedido de revogação da prisão preventiva formulado”, diz trecho do documento.
A manifestação do MP foi necessária após a defesa do criminoso requerer, no último dia 07, a revogação da prisão preventiva.
O argumento usado é que as provas e as circunstâncias da prática delituosa não são suficientes para respaldar a prisão preventiva, que é uma medida que antecipa o cumprimento de pena que ainda não foi imposta.
Além disso, o advogado alega que a Polícia Civil não respondeu aos requerimentos ministeriais no prazo estipulado pelo juízo que deve ser respeitado para garantir a razoabilidade para que a prisão não se transforme em antecipação de pena.
“Ademais, os elementos próprios à tipologia bem como as circunstâncias da prática delituosa não são suficientes a respaldar a prisão preventiva, sob pena de, em última análise, antecipar-se o cumprimento de pena ainda não imposta”, diz trecho do recurso.
As manifestações foram enviadas ao juízo competente que deve se manifestar favorável ou improcedente.
O crime
De acordo com a Polícia Civil Silvio teria recebido R$ 10 mil para sair de Minas Gerais e vir até Mato Grosso para executar o crime a mando de Vanderley Barreiro da Silva e Jocilene Barreiro da Silva.
Mãe e filho teriam ordenado a morte de Gersino, pois acreditavam que ele teria mandado mandar Girlei Silva da Silva, vulgo Maranhão, de 31 anos, que era filho de Jorcilene.
Durante as investigações a polícia apontou que Gersino não possuí nenhum tipo de envolvimento na morte de Girlei.