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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

19 de Dezembro de 2014, 16h:50 - A | A

POLÍCIA / PROVOCOU TRAGÉDIA EM VIADUTO

Motorista que causou tragédia em viaduto é solto e deve ser internado em clínica para dependentes químicos

Defesa pediu revogação da prisão preventiva, mas reiterou que motorista não estava bêbado no dia da tragédia.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



A Justiça revogou a prisão preventiva de Joaci Rabello Júnior, de 29 anos, que teria causado a tragédia no viaduto da MT – 040, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, há pouco menos de dois meses.

Ele estava detido desde o dia 26 de novembro na Penitenciária Central do Estado (antigo Pascoal Ramos).

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Preso em flagrante, com sinais de embriaguez ao volante, ele foi autuado por homicídio culposo (quando não há intenção), em razão das mortes dos motoristas, Diego Kischel, Luciano Siqueira Campos, James Paes de Barros e do cabo da Polícia Militar, Elson Demétrio Silva. A decisão foi deferida pela magistrada Marcemila Mello Reis, da 5ª Vara Criminal da capital, nesta quinta-feira (18).

Na decisão, a magistrada destaca que a defesa de Joaci pediu a revogação da prisão preventiva dele, no intuito de interna-lo na clínica de reabilitação de dependentes químicos ‘Lar Cristão’.  No entanto, no pedido, reiterou dizendo que acusado não estava bêbado, no dia da tragédia.

“Ao mesmo tempo em que diz que o indiciado não estava alcoolizado, o douto defensor, pede a internação do investigado para tratamento da embriaguez. Por fim, peticionou encaminhando documento comprovando a oferta de vaga na clínica de reabilitação ‘Lar Cristão”, disse em um trecho da decisão.

Mesmo assim a juíza revogou a prisão preventiva, mas determinou que Joaci fique internado na clínica por 9 meses, como informado pela defensa.

Segundo a magistrada, Joaci terá de comparecer a todos os atos do processo criminal, não poderá mudar de endereço e ainda, fica proibido de sair da cidade. Além de ter que comprovar a realização do tratamento de dependência química todo dia 15, de cada mês. Caso contrário pode ser preso novamente.

RACHA E BEBEDEIRA

Em uma entrevista ao RepórterMT, o delegado Cristian Cabral, da Delegacia de Delitos de Trânsito, disse que Joaci, poderia estar dirigindo na ‘mão’ certa, quando teria batido o Gol, contra o muro de concreto ao lado da pista. O impacto da colisão teria deixado o veículo na ‘contramão’, onde foi colidido pelo Toyota Corolla e o Fiat Punto.

Os dois veículos que estavam disputando racha em alta velocidade se chocaram contra a viatura da Polícia Militar, atropelaram o cabo Elson Demétrio e atingiram dois homens, em uma moto Honda Bros. Em seguida, Joaci que estava bêbado, foi preso em flagrante por outros PM’s. 

Segundo Cristian, minutos antes das colisões, o Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOSP), recebeu uma denúncia, apontando que o motorista Joaci, estaria trafegando de forma perigosa na pista.

Instantes depois, outra pessoa ligou para a corporação, informando que o mesmo carro, teria batido no muro de contenção e ficado parado, na contramão. Por fim, o terceiro chamando, já noticiava a tragédia envolvendo os cinco veículos.

“A princípio com essas informações registradas no Ciosp, temos essa possibilidade (que o motorista não estava trafegando na contramão). Mas, só teremos a verdade com a conclusão dos laudos periciais, feito por agentes da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec). Os documentos devem ser concluídos nos próximos 20 dias, indicando de fato, o que ocorreu no local”, explicou.

DRAMA

RepórterMT conseguiu falar com exclusividade com o mototaxista João Paulo da Silva, de 22 anos. Ele pilotava a Bros que foi atingida pelos carros na tragédia.

Internado na enfermaria ortopédica do Pronto-Socorro Municipal, João Paulo contou que estaria trafegando na moto, junto com o amigo Mikael Lacerda, de 18 anos, ao lado do Punto, quando foram colididos pelo Corolla, conduzido por Diego Kischel.

De acordo com João Paulo, o policial Demétrio o obrigou a parar com a moto, junto com o Punto. Já que o Gol estava parado na contramão. Joaci estaria inconsciente, com a cabeça escorada no volante.

“O PM mandou a gente parar. Com isso, achei que era uma blitz. Quando coloquei um dos pés no chão para equilibrar, fomos atropelados pelo Corolla. A força do impacto me arremessou para frente do Punto, da viatura da Polícia Militar e do VW Gol. Cai no chão, bati a cabeça e fiquei inconsciente. Só fui acordar com os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) me colocando na maca. Depois disso, não lembro mais nada”, destacou.

O motoxista aguarda uma cirurgia no quadril. Porém, o procedimetno cirurgíco não tem data para acontecer. Já que a unidade de saúde não realiza a operação. 

RepórterMT

vi9tima

Motociclista aguarda cirurgia na enfermaria do PS de Cuiabá.

LIGAÇÕES COM O CRIME

Diego que morreu a caminho da Policlínica já havia sido preso pela Polícia Militar sob a acusação de tráfico de drogas. A Polícia descobriu que o Corolla que ele dirigia havia sido roubado, há menos de dois meses, de uma casa do bairro Boa Esperança, na capital.

Acusado de tráfico de drogas, a prisão de Diego ocorreu há dois anos, quando os PM’s o encontraram com várias porções de drogas em um ‘mercadinho’ D.K, na Avenida Principal do Pedra 90, também na capital.

Ao ser detido, com porções de pasta-base de cocaína, Diego negou ser traficante e disse à PM que a carga que era para ‘curtir’ com os amigos.  

No entanto, na revista do estabelecimento comercial, onde ele era proprietário, foi encontrado dois quilos de ácido bórico, uma balança de precisão e petrechos usados para embalar a droga, caracterizando o crime de tráfico de drogas.

Reprodução Facebook

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Diego dirigia Toyota Corolla roubado. Ele também já foi preso pelo crime de tráfico de drogas.

PUXANDO A CAPIVARA

Na delegacia, foi descoberto que no dia 19 deste mês, Joaci já havia sido preso, ao ser flagrado dirigindo bêbado.  

Joaci foi autuado pelo delegado Celso Renda por lesão corporal culposa (sem intenção), embriaguez ao volante e homicídio culposo. Com as autuações, ele foi encaminhado para a Penitenciária Central do Estado. 

 

 

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