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Cuiabá, 15 de Agosto de 2025
15 de Agosto de 2025

15 de Agosto de 2025, 16h:28 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO CONTRAPROVA

Juíza mantém prisão de biomédico preso por falsificar exames em Cuiabá

Além de Igor, outros dois sócios da empresa também foram alvos de mandados de busca e apreensão

DO REPÓRTERMT



A Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante do biomédico e sócio responsável técnico pelo laboratório BioSeg Segurança do Trabalho, Igor Phelipe Gardés Ferraz, detido na manhã desta sexta-feira (15) no âmbito da Operação Contraprova, da Polícia Civil. A decisão foi tomada pela juíza de Direito Edna Ederli Coutinho, durante audiência de custódia.

"Desta feita, mantenho a prisão cautelar, ao menos por ora, por verificar a presença dos motivos para que a prisão subsista", registrou a magistrada.

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Segundo as investigações, Igor é acusado de falsificar resultados de exames. De acordo com a Polícia Civil, a BioSeg coletava amostras de material biológico de pacientes, mas descartava os materiais sem realizar qualquer análise, emitindo laudos falsos assinados pelo biomédico.

Além de Igor, outros dois sócios da empresa, Bruno Cordeiro Rabelo e William de Lima, também foram alvos de mandados de busca e apreensão, mas não foram presos. Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos um notebook, um celular e pastas com documentos relacionados ao laboratório.

A denúncia partiu da Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá, após uma fiscalização em abril deste ano encontrar amostras de sangue armazenadas de forma inadequada. Na ocasião, Igor chegou a ser preso em flagrante e afirmou que o material seria enviado para outro laboratório terceirizado, mas não apresentou provas.

A BioSeg possui unidades em Cuiabá, Sinop e Sorriso, oferecendo serviços como exames de covid-19, toxicológicos e para detecção de doenças como sífilis, HIV e hepatites. Entre os clientes estão a Prefeitura e a Câmara de Cuiabá, clínicas particulares, convênio médico e pacientes individuais.

Ao todo, a operação cumpriu 11 ordens judiciais, incluindo a interdição das três unidades do laboratório, a suspensão do registro profissional de Igor, a suspensão de contratos com o Poder Público e a proibição dos sócios de contratar com órgãos públicos.

Os investigados podem responder por estelionato, falsificação de documento particular, peculato e associação criminosa, com penas que podem chegar a 25 anos de prisão, além de multa.

Igor era assessor parlamentar na Câmara Municipal de Cuiabá. Ele foi contratado em junho deste ano e fazia parte da equipe do vereador Gustavo Padilha (PSB), com um salário de R$ 2.250.

Após a notícia da prisão, o assessor foi exonerado.

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