JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
Durante depoimento na Polícia Civil, o investigador Mario Wilson Vieira alegou que tomou a arma de Thiago de Souza Ruiz e o matou, sem saber que o homem era cabo da Polícia Militar. Mario foi preso em flagrante pelo homicídio na manhã desta quinta-feira (27). De acordo com laudo preliminar da Politec, cinco tiros atingiram o PM, pelo menos dois deles pelas costas.
O RepórterMT conversou com o advogado Ricardo Monteiro, que faz a defesa de Mario. Ele contou que, no depoimento, Mario disse que estava na conveniência bebendo, quando viu que Thiago estava com uma pistola na cintura e decidiu desarmá-lo.
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“Eles não se conheciam. O cara [Thiago] encostou na mesa e ele [Mario] nem o conhecia. O Thiago era amigo de outro policial civil que estava no local, mas o Mario não o conhecia, jamais tinha visto. Tanto é que não sabia que ele era policial”, explicou.
“O Mario viu que a pessoa estava armada e o desarmou. Ele tirou a arma do cabo. Na sequencia o cabo entrou em luta corporal com ele, na tentativa de pegar a arma de volta. Foi quando ele efetuou os disparos”, concluiu.
Após os tiros, o Thiago foi socorrido por um amigo, que é policial civil, e por um motorista de aplicativo. Ele foi levado até o Hospital Jardim Cuiabá, onde chegou em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos.
Para jornalistas, Valkiria Filipadi Correa, viúva de Thiago, contou que teve acesso às imagens de câmeras de segurança e revelou que o policial civil Mário Wilson Vieira tomou a arma do PM e a utilizou para cometer o crime. Para ela, foi uma ação covarde.
“Tinham três pessoas sentadas na conveniência e meu marido levantou a blusa para mostrar uma cicatriz que ele tem embaixo do braço. Nisso, o policial civil Mario Wilson levantou e retirou a arma que estava na cintura do meu marido e nisso meu marido continuou calmo, sentado”, contou.
O crime aconteceu na conveniência de um posto de combustível na frente da Praça 8 de Abril, no bairro Quilombo, em Cuiabá, na madrugada desta quinta. A região tem várias câmeras de segurança, que devem auxiliar a Polícia Civil a elucidar o homicídio.
O caso é investigado pela Polícia Civil.
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