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Cuiabá, 01 de Setembro de 2024
01 de Setembro de 2024

21 de Julho de 2010, 09h:30 - A | A

POLÍCIA /

Imóveis são mais valorizados

Gazeta Digital



A implantação de sistema de esgoto em todas as moradias cuiabanas valorizaria em 10,3% os imóveis da Capital. O índice é apontado pelo estudo Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Básico apresentado pelo instituto Trata Brasil em parceira com a Fundação Getúlio Vargas nesta terça-feira (20). De acordo com a pesquisa, os imóveis teriam um acréscimo médio de R$ 4,332 mil caso tivessem acesso ao tratamento do esgoto. O índice é 7 pontos percentuais maior que a valorização média dos imóveis no país, de 3,3%, e coloca Cuiabá na sétima posição entre as cidades que teriam mais aumento de preço.

A valorização, porém, é algo para o futuro. Segundo o presidente do Sindicato da Habitação em Cuiabá e Várzea Grande (Secovi), Marcos Pessoz, ninguém pergunta antes de adquirir um imóvel se ele está ou não dentro do sistema de tratamento. "Por questões culturais, acredito, não se tem o costume de perguntar para onde o esgoto. Como Cuiabá sempre teve pouco acesso ao saneamento isso não é mencionado no momento da venda". Mesmo assim, Pessoz reconhece que novos empreendimentos, principalmente condomínios, acabam sendo mais caros também em virtude dos investimentos feitos solo abaixo. "Além do conforto e higiene proporcionado pelo tratamento, os investimentos feitos pelas construtoras é embutido no valor do imóvel."

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E por ter acesso a esse serviço a população também paga. Segundo a Sanecap, moradores de condomínios, por exemplo, pagam uma taxa de 50% do valor da conta de água devido ao tratamento de esgoto.Enquanto isso, para os cidadãos que estão fora de condomínios, essa taxa é de 90%. O valor é cobrado devido aos custos da Sanecap com o preparo da água para sua reutilização.

Raio-X - Em Cuiabá, das cerca de 140 mil unidades consumidoras de água, 55,378 mil possuem ligações com sistema de tratamento de esgoto, conforme a companhia, o que representa 39% das casas. Esse número deveria ser de 95 mil, caso as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1) não tivessem sido embargadas por suspeitas de fraudes nas licitações. Dos R$ 238 milhões que seriam investidos, sendo R$ 45 milhões deles na implantação da rede abastecimento de água, nada ainda foi aplicado. O diretor comercial da Sanecap, Dejair Soares, diz que até agora nenhuma ligação foi feita e que eles aguardam o PAC 2, que destinará R$ 120 milhões, para que 70% da cidade receba o tratamento. "Com a instalação do sistema em 70% das casas, os demais 30% serão feitos pela Sanecap".

Entre as 80 cidades pesquisadas pelo Trata Brasil, Cuiabá ocupa a 56ª posição em termos de acesso a saneamento básico pela população. Em Mato Grosso, o acesso ao tratamento de esgoto cresceu 938% entre 1991 e 2008, mesmo assim, apenas 7,85% da população tem acesso a esse direito, que é assegurado pela Constituição. Dos cerca de 3 milhões de habitantes, apenas 235,6 mil tem seus dejetos tratados. No Estado, o déficit de moradias com tratamento de água é de 1,34 milhões de unidades. Para cessar esta carência precisaria ser investido R$ 2,89 bilhões.

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