CAROL SANFORD
DA REPORTAGEM
O ex-secretário da Assembleia Legislativa, Tschales Franciel Tschá e os assessores parlamentares do deputado Guilherme Maluf (PSDB), Sued Luz e Odenil Rodrigues foram conduzidos de forma coercitiva, para prestar esclarecimentos, durante a segunda fase da Operação Convescote, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nesta sexta-feira (30).
O advogado Zaid Arbid, que acompanhou o ex-secretário da Assembleia, disse aos jornalistas que seu cliente não sabe do que está sendo acusado e negou participação no esquema de desvio de dinheiro que a Faespe (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual) teria realizado por meio de contratos com órgãos públicos, entre os anos de 2015 e 2016.
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Conforme apurou a reportagem, Tschales Franciel foi exonerado da Assembleia no mês de fevereiro, quando o deputado Guilherme Maluf deixou de ser presidente da Casa. Já Suede Luz é funcionário comissionado e continua a atuar como assessor do parlamentar.

Ex-secretário tentou habeas corpus preventivo para evitar prisão, mas teve pedido negado.
São investigados contratos de prestação de serviços fictícios da Faespe com o Tribunal de Contas e a Assembleia Legislativa, de onde há indícios de que ao menos R$ 15 milhões teriam sido pagos a mais, conforme depoimentos da primeira fase da operação, realizada no dia 20 de junho.
Quando ocorreu a primeira fase da Operação Convescote a defesa de Tschales Franciel Tschá ingressou com mandado de habeas corpus preventivo porque acreditava que seria preso no dia 22 de junho, às 6 horas. A informação consta na decisão do desembargador do Tribunal de Justiça, Alberto Ferreira de Souza, que negou o pedido, no último dia 27.
À imprensa, o advogado Zaid Arbid argumentou que seu cliente é vítima de uma ação chamada por ele de “cortina de fumaça”, criada com o objetivo de tirar o foco do escândalo sobre as escutas telefônicas clandestinas, operadas pela Polícia Mililitar e que levaram para a prisão representantes da alta cúpula da corporação, como o ex-comandante geral, coronel Zaqueu Barbosa e o chefe da Casa Militar Evandro Lesco.
Convescote 2ª fase
A segunda fase da Operação Convescote, cumpre 13 mandados de condução coercitiva e busca e apreensão.
Conduzidos
Entre os alvos está o servidor do TCE, Marcelo Catalani, que nega participação e alega ter tido sua assinatura falsificada para comprovar a prestação de serviços do Tribunal com a Faespe.
Outro conduzido foi o diretor financeiro do TCE, Enéas Viegas. O advogado José Antônio Rosa, que faz a defesa do servidor, argumentou à imprensa que ele foi chamado apenas para esclarecer sobre o funcionamento de contratos do órgão com a investigada Faespe.
Outro lado
As assessorias da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas do Estado informaram que não foram cumpridos mandados, pelo Gaeco, nas dependências dos órgãos.
Adolfo Romão 01/07/2017
Esses FARISEUS que foram convocados a depor são apenas Puxa-Sacos.
Paulo 01/07/2017
Algum cidadão acredita que nesse esquema, não tenha participação do ilustre e nobre deputado GM?
2 comentários