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Cuiabá, 22 de Junho de 2025
22 de Junho de 2025

06 de Março de 2024, 15h:04 - A | A

POLÍCIA / PRESA EM OPERAÇÃO

Ex-assessora da AL captava "clientes" e negociava venda de “supermaconha”

A Polícia Civil concluiu que Maria Eduarda teve participação na comercialização de maconha com o objetivo de ganho próprio, contribuindo com o aumento da clientela e lucro da associação criminosa

CHRISTINNY DOS SANTOS
DO REPÓRTERMT



A ex-assessora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Maria Eduarda Aquino da Costa Marques, atuava com a captação de 'clientes' e a venda de “supermaconha” na organização criminosa que traficava "droga de balada", apontam as investigações da Polícia Civil.

Maria Eduarda, tratada como Aquino pelos comparsas, foi presa nessa terça-feira (05) durante a terceira fase da Operação Doce Amargo, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE). Após a prisão, ela foi exonerada do cargo.

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De acordo com a Polícia Civil, Maria Eduarda foi identificada em conversas com “Atú” (Arthur Gallio de Oliveira), que é apontado como líder do esquema. Ela comprava drogas para uso pessoal, para terceiros e captava “clientes”. As investigações constataram que Aquino intermediava o comércio ilícito de drogas e negociava o rateio para ampliar as vendas com Arthur.

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Em conversas interceptadas pela Polícia Civil, Maria Eduarda aparece intermediando o comércio de ilícitos. "E aí, amiga. Rateio de Gold (supermaconha). Vai rolar amanhã", diz Arthur. Ao que Aquino responde perguntando o valor e quanto o comparsa ganha 'em cima dela'.

Depois de receber informações sobre valores e pedir por drogas mais baratas, Aquino envia a Arthur um áudio dizendo que vai repassar para um amigo. Em seguida, ela pergunta se o comparsa pode acrescentar 10 (dez gramas de supermaconha), "se der meu amigo vai querer", diz.

Arthur responde que sim e Aquino enfatiza ainda que "pode ser que role mais um pedido de mais 10 gramas para outro amigo".

A Polícia Civil concluiu que Maria Eduarda teve participação na comercialização de maconha com o objetivo de ganho próprio, contribuindo com o aumento da clientela e lucro da associação criminosa.

"Aquino capta usuários para a associação criminosa comprando e repassando 'Gold', intermediando a venda de 'Tangie' e participando do rateio", aponta o processo.

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A operação

Durante a operação, foram cumpridas 151 ordens judiciais, sendo 43 mandados de prisões preventivas, 54 mandados de busca e apreensão e 54 ordens de bloqueio de contas.

No curso das investigações conduzidas pela DRE, foram identificados traficantes envolvidos com o comércio de drogas sintéticas como ecstasy, MDMA, LSD, popularmente conhecidas como “bala”, “roda” e “doce”, além de outras substâncias como variações de maconha, que eram comercializadas com usuários de melhor poder aquisitivo em bairros considerados nobres da Capital e em festas e baladas.

Esses traficantes atuavam de forma associada, dividindo tarefas e sendo fornecedores diretos a outros contatos, também somando valores para compra de maiores quantidades de drogas com qualidade mais refinada.

Outra parte dos investigados se associava ao grupo comprando drogas para fornecimento a terceiros, captando usuários e intermediando uma espécie de rateio para ampliação das vendas ilícitas. Destacou-se ainda na investigação a participação de alguns investigados vinculados a uma facção criminosa que atua no Estado de Mato Grosso, mediante o pagamento de espécie de taxa para execução das atividades ilícitas.

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