VANESSA MORENO
KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT
Aline Valandro Kounz, esposa do policial militar Raylton Mourão, que matou a personal trainer Rozeli da Costa Nunes, no dia 11 de setembro, em Várzea Grande, se entregou na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá na manhã desta terça-feira (23). Ela chegou na companhia de dois advogados e irá passar por oitiva no local.
A esposa do PM tem um mandado de prisão temporária de 30 dias em aberto por suspeita de envolvimento no crime e passou 11 dias foragida.
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Raylton se entregou no último domingo (21) e foi ouvido nessa segunda-feira (22). Em depoimento, ele confessou o assassinato, disse que saiu de casa para matar Rozeli sem o conhecimento de Aline e alegou que a esposa é inocente.
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Após o crime, ele orientou a esposa a fugir de casa sem explicar o que havia acontecido.
À imprensa, o advogado do PM, Marciano Xavier, disse que a esposa de Raylton é mãe de dois filhos menores de idade e fugiu por desespero.
Rozeli foi assassinada na manhã do dia 11, quando estava saindo para ir trabalhar, por volta das 6h. A vítima foi surpreendida por dois homens em uma motocicleta. Raylton, que estava na garupa, efetuou os disparos todos direcionados ao rosto da personal.
A motivação do crime é um processo judicial em que Rozeli pedia R$24 mil de indenização ao casal devido a um acidente de trânsito que ocorreu em março deste ano.
A ação é referente a um acidente de trânsito que aconteceu em março deste ano, em Várzea Grande, envolvendo o carro da vítima, uma motocicleta e um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade de Raylton e Aline.
No processo, a defesa de Rozeli relatou que o motorista do caminhão-pipa teria entrado repentinamente na via preferencial sem dar qualquer sinalização, forçando a personal a frear bruscamente. Com a freada, a traseira do carro dela foi atingida por um motociclista.
Em julho, a vítima entrou na Justiça com uma ação de reparação de danos materiais e morais contra o casal, alegando que teve prejuízos financeiros, além de ter ficado com o psicológico abalado. A título de danos materiais, ela pedia R$9,6 mil e de danos morais R$15 mil.
Uma audiência de conciliação entre Raylton, Aline e Rozeli estava marcada para ocorrer no dia 16 de setembro, mas a vítima foi assassinada cinco dias antes.