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Cuiabá, 08 de Julho de 2025
08 de Julho de 2025

11 de Abril de 2024, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO CALIANDRA

Esposa de ex-secretário usava empresa fantasma em esquema de corrupção em obras da Prefeitura

Amanda Rocha e Agvailton Alves Júnior foram alvos da Polícia Federal, na manhã dessa quarta-feira, em Barra do Garças

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



Um relatório da Polícia Federal aponta que Amanda Rocha Alves, esposa do ex-secretário de Obras de Barra do Garças, Agvailton Alves Júnior, usou uma empresa fantasma para participar do esquema de desvios de recursos das obras de revitalização da Orla do Rio Garças e da Praça Domingos Mariana, no município.

Os dois foram alvos da Operação Caliandra, deflagrada na manhã desta quarta-feira (10).

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De acordo com o documento que o RepórterMT teve acesso, a esposa de Agvailton recebeu R$ 200 mil para elaborar o projeto de revitalização da Orla do Rio Garças e da Praça Domingos Mariana, entretanto a empresa de Amanda seria de “fachada”, pois não há nenhum funcionário.

Conforme a PF, a empresa de Amanda também teria recebido quase de R$ 3 mil da Construtora Chapadense, outra investigada na operação. “Não foram encontrados nenhum fundamento ou motivo para justificar tais transações”, destaca a PF.

O relatório ressalta ainda que o patrimônio do casal aumentou consideravelmente enquanto Agvailton esteve à frente do cargo. As investigações mostraram que o ex-secretário, que possuía um salário de R$ 3,2 mil por mês, tinha uma vida que não condizia com sua realidade financeira.

Operação

Ao todo, foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão expedidos pela Justiça. Os alvos estavam nas cidades mato-grossenses de Barra do Garças, Pontal do Araguaia, Cuiabá e nos municípios goianos de Aragarças, Porantagu e Jussara.

O esquema de corrupção ocorria desde a elaboração dos projetos, até a realização das licitações e execução das referidas obras.

Foram verificadas transações financeiras suspeitas envolvendo conta pessoal de servidor público municipal com empresas, e seus representantes legais, que possuíam contratos com a prefeitura. O montante movimentado pelo servidor era incompatível com a sua remuneração, fato que chamou a atenção dos investigadores.

Em nota, o prefeito de Barra do Garças, Adilson Gonçalves de Macedo (PSD), afirmou que as irregularidades são da gestão passada, do então prefeito Roberto Ângelo Farias (PL), conhecido como Beto Farias.

Em 2020 ocorreu a licitação e assumimos a gestão em 2021, nós verificamos que as duas empresas que estavam tocando a obra, aparentemente, não tinham condições financeiras nem estrutura para tocar uma obra de tamanho e envergadura. De pronto, já entramos em contato com a Caixa Econômica Federal, fizemos diversas reuniões e chegou no ponto que, no ano de 2022, nós entendemos pela rescisão do contrato diante de supostas irregularidades que agora estão sendo apurados pela Polícia Federal. Não compactuo com este tipo de procedimento e entendi por bem fazer a rescisão desses dois contratos”, explicou o prefeito Adilson Macedo.

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