G1 ES
O representante de uma empresa de monitoramento de Mato Grosso foi preso, na noite desta quinta-feira (8), por oferecer propina ao secretário estadual de Justiça Eugênio Ricas. O dinheiro era referente a um contrato da empresa com o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases).
A prisão aconteceu dentro de um restaurante de um shopping de Vitória. A negociação foi gravada pelo secretário, que declarou voz de prisão ao homem, logo após receber a proposta de propina.
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“Ele queria que a Sejus aumentasse em até 25% o contrato, que é a porcentagem permitida pela lei. Com esse aditivo, ele pagaria 9% para o subsecretário e para mim, 1,5% para um servidor do Iases e ficaria com 1,5%. Se nós aceitássemos, ele lucraria parte da propina e pagaria parte para nós”, declarou.
A conversa foi relatada ao secretário, que procurou a Polícia Federal e comunicou o caso. Uma minioperação foi montada para que o representante fosse preso em flagrante.
Assim que o representante da empresa ofereceu propina, o secretário de Justiça deu voz de prisão. Policiais estavam ao redor e levaram o suspeito até a sede da Polícia Federal, em São Torquato, em Vila Velha.
“Ele falou de forma muito clara o que pretendia. Quando dei voz de prisão, ele ficou muito chocado, assustado. Acredito que ele não esperava isso, deve estar acostumado a lidar com essas situações irregulares”, destacou Ricas.
O contrato, que havia sido renovado esta semana, vai passar por uma auditoria. Segundo o secretário, ele pode ser desfeito. “A lei anticorrupção vai ser aplicada neste caso, a empresa pode sofrer sanções e o contrato pode ser desfeito”, concluiu.
Crime
O oferecimento de vantagem indevida a funcionário público é conhecido como crime de corrupção ativa, previsto no art. 333 do Código Penal Brasileiro, sendo punido com pena de reclusão de 2 a 12 anos, e multa.
antunes silva 10/10/2015
não tem jeito mesmo, com tudo o que ta acontecendo no Brasil os gananciosos fazem questão de acrescentar ao curriculum, uma passagem pelas nossas cadeias e ter o nome axincalhado nos jornais e perante a sociedade. De repente ser preso e aparecer em rede nacional ficou chic.
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