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Cuiabá, 07 de Junho de 2025
07 de Junho de 2025

06 de Junho de 2025, 16h:58 - A | A

POLÍCIA / CASO RENATO NERY

Empresária confessa que pediu para matar advogado por ele ter “tomado as suas terras”

A informação está na decisão da juíza Edna Ederli Coutinho, que manteve a prisão de Julinere Bentos e do marido dela, César Jorge Sechi

FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT



A empresária Julinere Goulart Bentos admitiu que mandou matar o advogado Renato Nery, por ele ter “tomado as suas terras”, porém ela acabou recuando da ideia. 

A informação está na decisão da juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), que manteve a prisão de Julinere e do marido dela, o também empresário César Jorge Sechi, por mais 30 dias.

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LEIA MAIS: Justiça mantém prisão de casal que mandou matar advogado em Cuiabá

Segundo a decisão, em um primeiro momento, Julinere optou em ficar em silêncio no interrogatório. Entretanto, em um segundo tempo, a empresária fez declarações espontâneas e informais à autoridade policial, indicando seu prévio conhecimento sobre a autoria do crime.

A empresária então teria relatado à Polícia Civil que deu ordem para que o policial militar Jackson Pereira Barbosa matasse Renato. Ela também ressaltou que quando desistiu da ideia, César vinha “sempre com a mesma conversa que teria que matar o advogado”.

A decisão da magistrada traz ainda a informação que Julinere teria dito que Jacskon a extorquia constantemente e ela não aguentava mais a situação.

César e Julinere foram presos pela Polícia Civil no dia 9 de maio, durante uma das fases da Operação Office Crime, que investiga o assassinato de Nery. O mandado de prisão foi cumprido na casa deles, localizada em um condomínio de luxo, em Primavera do Leste (234 km de Cuiabá).

Outros envolvidos

O policial militar Heron Teixeira confessou envolvimento no assassinato, bem como o caseiro dele, Alex Roberto, que foi o autor dos disparos.

À polícia, Heron disse que contratou Alex dois meses antes do assassinato. Já Alex confessou ter atirado em Renato Nery a mando de César e Julinere. Ele disse também que recebeu cerca de R$100 mil do casal para cometer o crime.

Os dois deverão responder por homicídio triplamente qualificado.

Além do casal de empresários, do policial militar e do caseiro, a polícia identificou ainda outros policiais militares envolvidos na morte do advogado.

Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso, do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) foram acusados de forjarem um confronto para dar fim na arma utilizada para matar Renato Nery. Eles foram presos preventivamente, mas, por determinação do juiz Francisco Ney Gaíva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, conseguiram a liberdade.

O PM Ícaro Nathan Santos Ferreira também foi apontado como um dos envolvidos no assassinato e continua preso.

O caso

Renato Nery foi assassinado a tiros no dia 5 de julho de 2024, em frente ao seu escritório de advocacia localizado na avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Ele chegou a ser resgatado por uma equipe médica e levado ao Hospital Jardim Cuiabá, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência. Na madrugada do dia seguinte ele morreu.

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