JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Especialista ouvido pelo RepórterMT revela que os os agentes da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) tiveram dificuldade para investigar o crime, no local onde Vilceu Marchetti foi encontrado morto. Os policiais militares, que atenderam a ocorrência, não teriam preservado a cena do crime.
Segundo a fonte, quando os delegados Anaíde Barros e Walfrido Nascimento, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital, chegaram no apartamento, encontraram um revólver e uma espingarda em cima da cama, onde Marchetti estava morto. A possível 'mudança na cena' pode ter prejudicado as investigações.
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A Polícia Civil concluiu o inquérito do assassinato do ex-secretário de Infraestrutura Vilceu Marchetti, indiciando o caseiro Anastácio Marafron por homicídio doloso (com intenção), praticado por motivo passional. Já que ele confessou ser o autor do assassinato, após flagrar a vítima ‘apalpando’ as nádegas de sua esposa, na noite do dia 7 de deste mês. O possível assédio ocorreu durante um jantar na fazenda onde trabalhavam, localizada na região de Mimoso, próximo ao município de Barão de Melgaço (140 km de Cuiabá).
O inquérito foi fechado mesmo sem os policiais encontrarem a arma, um revólver calibre 38, usado pelo autor do assassinato. No depoimento, Marafron explicou que após matar Marchetti, foi até a margem do rio, que corta a propriedade, e jogou a ‘prova do crime’ na água.
Uma equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros ainda foi ao local para tentar localizar a arma, mas como o trecho do rio é de correnteza, e os profissionais não possuem um aparelho que detecta metal submerso, nada foi encontrado.
LAUDO DA NECROPSIA
O laudo da necropsia que deve indicar com quantos tiros Marchetti morreu e apontar se a vítima estava dormindo ou acordada, quando foi baleada, só deve ser concluído no fim da próxima semana, como informou a assessoria da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec).
No entanto, uma fonte do RepórterMT, ligada ao IML, adiantou que Marchetti foi morto com dois tiros, um na cabeça e outro no tórax. Já que a informação inicial foi veiculada que a vítima teria sido morta com três tiros.
A fonte ainda afirmou que o laudo apontou que o ex-secretário estava acordado no momento que foi baleado. A comprovação foi feita diante da posição em que a perna da vítima foi encontrada.
“O tiro que matou Marchetti foi o que atingiu a cabeça dele, mas não dá para saber ainda se foi o primeiro ou o segundo disparo que foi dado pelo assassino”, revelou. Marchetti após morto, ficou com a perna direita mais afastada do corpo, segundo o laudo, mostra que ele tentou se levantar para se defender dos tiros que levaria do assassino.
O CRIME
Os delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da capital, Silas Tadeu, Anaíde Barros e Walfrido do Nascimento, que deram apoio nas investigações do delegado Sidney Caetano, de Santo Antônio do Leverger, explicaram que Marchetti teria assediado a mulher de Anastácio durante um jantar.
Ao flagrar o ex-secretário apalpando as nádegas da esposa, o homem tirou tudo a ‘limpo’ em um lugar da fazenda. Durante a discussão do casal a mulher confessou os abusos. Com isso, o homem foi até o apartamento onde Marchetti dormia, sacou uma arma e atirou na vítima.
Apos o assassinato ele jogou a arma no rio que corta a fazenda e agiu normalmente durante o trabalho da Polícia Militar, que chegou primeiro no lugar.
Ao perceber o comportamento da mulher os policiais a indagaram sobre o crime, quando ela confessou ter sido abusada pela vítima. Com isso, Anastácio confessou o assassinato e foi preso em flagrante.