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Cuiabá, 13 de Fevereiro de 2025
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06 de Outubro de 2018, 08h:00 - A | A

PODERES / ESCUTAS ILEGAIS

Zaqueu e cabo da PM criaram Núcleo por 'satisfação' e 'promiscuidade', acusa MP

Nas alegações finais, o promotor Allan Sidney do Ó Souza aponta que os militares grampearam a amante de Paulo Taques para satisfazer capricho do ex-chefe da Casa Civil do Estado.

RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO



O promotor de Justiça Allan Sidney do Ó Souza apontou que o Núcleo de Inteligência foi criado pelo ex-comandante geral da Polícia Militar coronel Zaqueu Barbosa para satisfazer interesses pessoais a fim de favorecer seu grupo político, como o ex-secretário Chefe da Casa Civil Paulo Taques, por meio de escutas clandestinas, para "promover devassa na vida privada de diversos cidadãos ligados ao período eleitoral do ano de 2014".

A informação consta na alegação final do Ministério Público do Estado (MPE) encaminhado para a 11ª Vara Especializada em Crime Militar, na ação contra militares envolvidos no escândalo de escutas ilegais, conhecida no Estado como "grampolândia pantaneira".

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Além de questões políticas, o MPE afimra que a grampolândia também era usada para satisfazer capricho de Paulo Taques, sua então amante, a publicitária Tatiana Sangalli, que foi incluída na lista de interceptados.

No documento, o MPE pediu que o coronel Zaqueu Barbosa, seja condenado pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e realização de operação militar sem ordem superior. A condenação pode chegar até 23 anos de prisão.

Na alegação final, o promotor descreve que o "faccioso" escritório de escutas teria desvirtuado de seus objetivos principais, "atingindo níveis de promiscuidade", na qual o cabo da PM, Gerson Corrêa, inclui nas interceptações a major Valéria Fleck, por conta de desavenças devido a uma dívida, e a até mesmo a própria esposa.

Além disso, para satisfazer capricho de Paulo Taques, sua então amante, a publicitária Tatiana Sangalli, foi incluída na lista de interceptados.

Esquema

De acordo com o Ministério Público do Estado, o Núcleo de Inteligência funcionou em sala empresarial, no Edifício Master Center, em Cuiabá, para realização de escutas telefônicas clandestinas que eram remetidos ao líder e mentor do grupo coronel Zaqueu Barbosa através de relatórios.

“Como parte do modus operandi, os denunciados CEL PM Zaqueu Barbosa, CEL PM Ronelson Jorge de Barros e CB PM Gerson Luiz Ferreira Correa Junior, reiteradas vezes (em continuidade delitiva, por mais de sete vezes), emitiram documentos falsos, fazendo apor e constar, respectivamente, carimbos com rubricas falsas da Diretoria de Agência Central de Inteligência — DACI e cabeçalho do Núcleo de Inteligência (NI), visando atestar a oficiosidade ao referido Núcleo, criado de maneira irregular e para fins ilegais, para então representarem às autoridades judiciais da lª Vara Criminal da Comarca de Cáceres/MT e da 1ª Vara Criminal da Comarca de Sinop/MT, medidas de quebra de sigilo e interceptação telefônica”, cita no documento.

O Núcleo de Inteligência constava na época com auxílio financeiro do coronel Evandro Lesco, que segundo MPE, também atuava como office-boy, pois, era responsável por receber o dinheiro entregue “por outro financiador da empreitada, o senhor Paulo Zamar Taques”.

“Por conseguinte, o acusado CB PM Gerson Luiz Ferreira Correa Junior passa a relatar a respeito do início dos trabalhos, no que tange à confecção dos relatórios, visando a obtenção das decisões judiciais, para as interceptações telefônicas”, diz.

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MARIA TAQUARA 06/10/2018

"Perceba IVAIR, o nível real de como o alto escalão do governo de MT realiza suas ações" PERCEBA o nível da sociedade.... infelizmente o país não é quebrado apenas economicamente lamentável

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1 comentários