DA REDAÇÃO
O procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, pediu abertura de investigação contra 34 pessoas citados em sete casos de corrupção delatados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e outros três membros da família, além de seu ex-chefe de Gabinete, Silvio Cesar Côrrea.
O pedido está juntado ao documento que pediu a quebra do sigilo do acordo de confissão, que foi autorizada pelo Supremo Tribunal de Federal (STF), na tarde desta sexta-feira (25).
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Ministro e senador
O ministro Luiz Fux, relator do processo no STF, autorizou o Ministério Público Federal (MPF) investigar o ex-governador e atual ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, senador licenciado Blairo Maggi (PP) e o senador Cidinho Santos (PR) por obstrução de justiça.
Em uma gravação, entregue por Silval aos procuradores, Cidinho afirma que o seu grupo político, incluindo Maggi, pode barrar a Operação Ararath, que apura crimes de corrupção, entre os anos de 2014 a 2017.
Em outro trecho do pedido, Maggi também será investigado juntamente com Sérgio Ricardo por um suposto acordo para indicação de nomes para o TCE. Os procuradores da República veem indícios de irregularidades e crimes de corrupção passiva e ativa.
Conselheiros
O MPF também cita o atual presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Antônio Joaquim. Na ação, ele é acusado de participar de um esquema de sonegação fiscal, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Além disso, aparecem os conselheiros José Carlos Novelli, então presidente do TCE, Waldir Teis, Sérgio Ricardo, Walter Albano e novamente Antônio Joaquim.
Nesta segunda denúncia, eles estariam envolvidos no esquema de recebimento de propina por meio do programa “MT Integrado”, que previa investimentos de R$ 1,5 bilhão em obras de pavimentação asfáltica no Estado.
Os desvios eram feitos por ordem de Silval com intermediação dos ex-secretários Eder Moraes e Pedro Nadaf.
O procurador pede ao STF, que estes acusados se tornem réus por fraude a procedimento licitatório, corrupção passiva e ativa, além de lavagem de dinheiro.
Deputados e prefeitos
E seguida, vem os nomes do deputado estadual Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, por pagamento de propina para autorização para viabilizar a cobrança de pedágio na MT 130, que liga Primavera do Leste ao município de Poxoréu.
Na lista de Janot estão, ainda, os deputados estaduais Silvano Amaral (PMDB), Oscar Bezerra (PSB), Baiano Filho (PSDB), Romoaldo Junior (PMDB), José Domingos Fraga (PSD), Gilmar Fabris (PSD) e, Wagner Ramos (PSD), além do deputado federal Ezequiel Fonseca (PP).
Também são citados os ex-deputados estaduais Alexandre César (PT), Hermínio Barreto (PR), Carlos Antônio Azambuja, Airton Português, Luiz Marinho.
Os atuais prefeitos de Cuiabá e Juara, Emanuel Pinheiro (PMDB) e Luciane Bezerra (PSB) também receberam o suposto “mensalinho”.
O valor pago a cada parlamentar, segundo Silval, era de R$ 50 mil para manter a “governabilidade” e, com isso, aprovar projetos de interesse do Executivo.
Empresários Valdir Piran, Carlos Avalone (que hoje responde pela secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico) e Marcelo Avalone, além de Wanderley Fachetti Torres, o presidente do Bic Banco, Genir Martelli, José Bezerra de Menezes, os ex-secretários de Estado, Pedro Nadaf.
Sagin 26/08/2017
Ou seja, toda a perseguição contra Silval pode ter como fundo o fato dele não ter investido na campanha de Taques.
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