VANESSA MORENO
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Max Russi (PSB), avaliou como preocupante a tentativa de parlamentares de direita de travar o Congresso Federal como forma de protesto contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na última segunda-feira (04). Eles colocaram esparadrapos na boca na terça-feira (05) e impediram a abertura da sessão após a volta do recesso parlamentar.
Para Russi, essa situação gera preocupação em relação aos desdobramentos e aos encaminhamentos nos próximos meses.
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“É um momento de preocupação, é um momento de instabilidade, é um momento que deixa a gente bastante preocupado e pensativo sobre os desdobramentos e encaminhamentos nos próximos meses”, disse o presidente da AL nessa quarta-feira (06), no retorno das atividades da AL.
Max Russi avaliou ainda que a instabilidade vivida no Brasil atualmente poderá gerar incertezas em diversos setores, além de prejudicar a economia, a geração de empregos, o aumento do Produto Interno Público (PIB), bem como a qualidade de vida da população. Mesmo assim, o presidente da AL se mostrou confiante de que as instituições brasileiras irão colocar o país em primeiro lugar.
“É lógico que essa instabilidade gera um monte de incertezas, incertezas no setor produtivo, em investimentos, em novos investimentos, em ações e isso retrai a economia, as ações que geram emprego, que geram desenvolvimento, que geram aumento de PIB, aumento de qualidade de vida. Isso é ruim! Esperamos que isso destrave o mais rápido possível, que tenhamos um encaminhamento o mais rápido possível e nós temos que confiar nas nossas instituições, no Congresso e todas as instituições que possam, de forma muito tranquila, fazer encaminhamentos e tomar as decisões sempre colocando, no caso lá em Brasília, o nosso país em primeiro lugar”, avaliou.
Apesar das preocupações, Max Russi acredita que o Brasil terá capacidade de se reerguer.
“Pode atrapalhar um pouco, mas o nosso país é um país muito rico, gigantesco e que gera demais”, ressaltou.
Paralelamente à crise no Congresso Federal, iniciou nessa quarta o tarifaço de 50% aplicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as importações de diversos produtos brasileiros.
Desde o anúncio, que foi feito no início de julho, diversos setores produtivos do Brasil passaram a se preocupar com a nova taxa, que antes era de 10%. A partir daquele momento, os impactos já passaram a ser sentidos e agora, valendo efetivamente, o tarifaço poderá causar efeitos ainda mais desastrosos ao país.
“Isso acaba ampliando a angústia e aumentando as incertezas por parte do empresariado e por parte da população de uma maneira geral”, avaliou Max Russi.
Apesar disso, em relação ao tarifaço, o presidente da AL também se mostrou mais confiante do que preocupado, pois acredita que o Brasil irá superar a crise.
“O Brasil já passou por crises seríssimas e essa será mais uma, porque o país tem condição de trabalhar e se adaptar”, ressaltou.
Em Mato Grosso, Max Russi adiantou que a ALMT irá atuar com base em diálogo, debates e propostas para que o setor produtivo não seja prejudicado com o tarifaço, evitando assim demissões e desemprego.
À imprensa, ele deixou claro que é essa postura de diálogo que ele espera do Governo Federal frente à taxação.
Nessa quarta, a Assembleia Legislativa completou 190 anos de história e o retorno das atividades é também uma sessão comemorativa.
“Paralelo a isso, a Assembleia Legislativa tem o que comemorar, deixando a crise nacional e essa confusão toda que tá em Brasília. A Assembleia tá tranquila, o estado está desenvolvendo, menores taxa de desemprego, muitas coisas a comemorar’, concluiu o deputado.