KAROLLEN NADESKA
DA REDAÇÃO
O cabo da Polícia Militar, Gérson Correa Júnior, operador das escutas telefônicas clandestinas que ficaram conhecidas como o esquema da Grampolãndia Pantaneira, deu indícios de que pode fechar um acordo de colaboração premiada,junto aos membros titulares da Polícia Civil.
Segundo informações apuradas nesta quarta-feira (07), o militar entregou um pendrive contendo supostas conversas que comprovariam a veracidade das interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso, na gestão do ex-goverandor Pedro Taques (PSDB).
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
O militar ainda teria entregue um aparelho denominado “hardlock”, que tem quase a mesma função de pendrive, porém restringe o acesso de uma ferramenta da marca Wytron – que, pertenceria ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O cabo teria dito na oportunidade que sem esse dispositivo não seria possível fazer a instalação de placas de escutais ilegais, que ele mesmo apontou ter sido jogadas no rio Cuiabá.
Com base nesse novo fato, os delegados Luciana Batista Canaverde, Rafael Mendes Scatolon e Jannira Laranjeira, designados para cobrir as investigações, devem pedir a perícia técnica no dispositivo a fim de elucidar a procedência dos fatos.
Conforme apurou o , na terça-feira (06), o cabo Gerson teria sido chamado para ser ouvido por membros do Ministério Público Estadual, juntamente com os coronéis Zaqueu Barbosa e Evadro Lesco, todos réus na ação penal da Grampolândia. No entanto, o advogado que faz sua defesa, Neyman Monteiro, alegou que seu cliente não teve nenhum agenda na Procuradoria Geral de Justiça.
A reportagem buscou ouvir novamente o advogado Neyman Monteiro, porém ele não atendeu as ligações.