APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O Procurador-Geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz Jr., disse que o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) avalia se vai recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que devolveu ao cargo o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) nessa quinta-feira (07).
Emanuel foi afastado do cargo em decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) na segunda-feira (04). No dia seguinte, o vice-prefeito, José Roberto Stopa (PV), foi empossado pela Câmara de Cuiabá. Nessa quinta-feira (07), o ministro Ribeiro Dantas, do STJ, anulou a decisão da Justiça Estadual e reconduziu Emanuel ao cargo.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
“Esse caso específico que o STJ reverteu a decisão do Tribunal (de Justiça de Mato Grosso), está delegado para o promotor de justiça Carlos Zarour César, que age com total independência para analisar esse caso específico. Ele, juntamente com o doutor Ezequiel Borges de Campos, vão avaliar se cabe e se é caso de recorrer da decisão do excelentíssimo ministro. Tenho certeza que eles vão fazer o que é possível processualmente falando e o que for adequado também”, afirmou Deosdete.
LEIA MAIS - Ministro do STJ suspende inquérito sobre supostos crimes que afastaram Emanuel
O chefe do Ministério Público Estadual ponderou que, no sistema de Justiça, decisões sejam revistas por instâncias superiores. “Isso é recebido com normalidade. A nossa instituição, através desses colegas, vai avaliar se é caso de recurso e, se for caso de recurso, certamente eles devem ingressar para tentar reverter essa decisão”, disse.
A defesa do prefeito de Cuiabá e seu filho já colocaram em xeque a independência do Ministério Público, em razão dos pedidos que acabaram afastando Emanuel da gestão municipal: foi assim com o primeiro afastamento, em 2021; com o pedido de intervenção, que durou praticamente todo o ano de 2023; e com o novo afastamento, ocorrido esta semana.
“Eu não vi a fala [...]. Mas se o Emanuel disse, certamente foi em razão de uma posição defensiva por ter sido alvo de uma medida adotada pelo Ministério Público no seu dever de ofício, nada pessoal”, declarou.
A denúncia do MP apontou Emanuel como o líder de uma organização criminosa que agia dentro do Executivo Municipal. Questionado se a decisão permitiria que o prefeito voltasse a cena do crime, Deosdete disse que essas adjetivações são “desnecessárias”.
“Acho que são adjetivações desnecessárias, sobretudo num momento em que nós não temos a culpa formada. Nós temos um processo em curso, uma medida em curso”, concluiu.
Carlos dias 09/03/2024
Ísso é tapa na cara das autoridades de Cuiabá, isso é vergonha, sera que nao vao fazer nada ...
Gina 08/03/2024
Tem que recorrer mesmo,um absurdo destes continuar na nossa cidade,significa que não há e nunca vai haver impunidade. O negócio é fazer coisas erradas ,aí dá certo . Rui Barbosa deve estar se remoendo no túmulo de vergonha
2 comentários