MP diz que Emanuel "caçoava" do povo cuiabano e que rombo deixado por ele vai afetar cofres públicos por pelo menos 5 anos

Reprodução

Emanuel foi afastado do cargo por 6 meses

FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT

Na denúncia do Ministério Público Estadual, que culminou no afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o promotor de Justiça Carlos Roberto Zarour afirmou que o emedebista “caçoava” da população cuiabana e que o rombo de R$ 1,2 bilhão causado por ele não será solucionado nem nos próximos cinco anos.

Conforme os autos do processo, Emanuel seria o líder de uma organização criminosa que realizava esquemas na Saúde da Capital. O prefeito teria o apoio do assessor Executivo da Secretaria Municipal do Governo de Cuiabá, Gilmar de Souza Cardoso, o ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues da Silva, e Milton Corrêa da Costa.

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O representante do MP pontua que apesar dos crimes cometidos pelo grupo de Emanuel terem sido praticados na Saúde, o caos afetou todas as “áreas do munícipio” e isso não será resolvido nem na gestão do próximo prefeito.

De acordo com o MP, o bando tinha como um único objetivo sangrar os cofres públicos.

“Apesar do maior foco dessa cautelar ter sido a saúde de Cuiabá, nota-se que a péssima gestão de EMANUEL afetou TODAS AS ÁREAS DO MUNICÍPIO, que nesse momento se encontra com um rombo de 1,2 BILHÃO, o qual possivelmente sequer será solucionado nos próximos 05 anos, em decorrência de tamanha irresponsabilidade fiscal”, destacou Zarour, levando em consideração que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) reprovou as contas de Emanuel.

“O Prefeito está caçoando dos munícipes descaradamente e criando factóide inexistente! Fato é que EMANUEL PINHEIRO é o PRINCIPAL RESPONSÁVEL pela corrupção endêmica que se adornou da pasta da Saúde e causou danos irreversíveis ao erário municipal”, pontua o promotor.

Ainda de acordo Zarour, Emanuel usava mecanismos “enganosos” para manter o modus operandi da organização. “O Prefeito EMANUEL PINHEIRO é useiro e vezeiro na utilização de subterfúgios destinados a falsear a verdade e a criar mecanismos enganosos para manter o modus operandi da ORCRIM. E, com tal estratagema, continuará a dificultar as investigações e a futura instrução da ação penal que se seguirá com o fim do inquisitivo”.

O desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, aceitou a denúncia e afastou Emanuel do cargo, pelo período de 6 meses.