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Cuiabá, 26 de Março de 2025
26 de Março de 2025

29 de Junho de 2018, 13h:38 - A | A

PODERES / PROPINA NO DETRAN

Ministra do STF decide se deputados podem 'soltar' Mauro Savi

O parlamentar está preso preventivamente no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde o dia 9 de maio, acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de chefiar um esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



A presidente do Superior Tribual Federal (STF), ministra Carmén Lúcia, devolveu à ministra Rosa Weber os autos do processo de reclamação da Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa (AL-MT), que pede a soltura do deputado estadual Mauro Savi (DEM). A devolução do processo ocorreu nesta quinta-feira (28).

O parlamentar está preso preventivamente no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde o dia 9 de maio, acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de chefiar um esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).  

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Savi deve ficar pelo menos mais um mês na prisão, já que dificilmente haverá tempo hábil para ministra Weber analisar a reclamação da AL, por conta do recesso, programado para começar na próxima segunda-feira (02). Depois disso, o SFT só voltará a analisar os processos no dia 31 de julho.

A Reclamação 30811 tenta derrubar a decisão do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), José Zuquim, que tornou sem validade a tentativa dos deputados de soltar o colega. 

A Procuradoria da AL argumenta que Zuquim deveria ter cumprido a resolução no sentido de conceder o alvará de soltura de Savi. Ao não fazer isso, a AL afirma que o desembargador feriu a autonomia e independência entre os poderes.  A Procuradoria entende que os deputados têm sim o direito de deliberar sobre a prisão do colega, já que esta situação ainda não está pacificada no STF.

Até o momento, Savi já teve quatro habeas negados pela Justiça – seja pelo TJ-MT ou pelo STF – na tentativa de sair da prisão.

O esquema

De acordo com o MPE, o esquema de distribuição e pagamentos de propina no Detran-MT foi no valor de R$ 30 milhões e teria vigorado entre os anos de 2009 a 2015.

Os promotores apontam Savi como um dos principais líderes, no sentido de operacionalizar os pagamentos ilícitos.

Teria sido ele, juntamente como o ex-governador Silval Barbosa (sem partido), a fraudar o processo licitatório vencido pela empresa FDL - atual EIG Mercados. A fraude teria contado com a leniência do então presidente do Detran, Teodoro Lopes, o Dóia.

Segundo o MPE, os donos da FDL subornaram Savi e Silval para que eles beneficiassem a empresa no processo licitatório junto ao Detran. A FDL teria repassado, para cada um, o valor R$ 750 mil a serem usados na campanha eleitoral.

Assim que a empresa assumiu os serviços de contratos de financiamento de veículos, conforme o MPE, Savi – e outros líderes do esquema – trataram de operacionalizar o recebimento de propina.

Dessa forma, eles teriam criado uma rede de proteção para cobrar 30%, em forma de propina, do valor total que a FDL recebia do Detran pelos serviços prestados.

A partir de 2015, o esquema teria continuado por intermédio do então chefe da Casa Civil, Paulo Taques, que é primo do governador.

Ele – juntamente com o seu irmão, Pedro Zamar Taques – teriam entrado em contato com um dos sócios da EIG Mercados, Valter Kobori, com objetivo de dar continuidade ao pagamento de propina para que o contrato da empresa fosse mantido junto ao Detran.

Dessa forma, Kobori então ficou responsável por repassar as vantagens indevidas aos agentes do governo.

Leia mais

Procuradoria da Assembleia recorre ao STF para libertar Savi da prisão

 

 

 

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Armindo de Figueiredo Filho Figueiredo 29/06/2018

TEM QUE DEIXA-LO MOFAR NA CADEIA.....Não tem mais COMENTÁRIO.... Fim de Papo .......

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1 comentários