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Cuiabá, 07 de Julho de 2025
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30 de Agosto de 2018, 07h:00 - A | A

PODERES / FRAUDES NA SEDUC

Mauro diz que delação de ex-secretário envergonha o Estado

O candidato ao Governo do Estado, que é principal adversário de Pedro Taques, rejeitou a tese do governador, de que denúncia seria eleitoreira.

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



O ex-prefeito de Cuiabá e candidato ao Governo do Estado, Mauro Mendes (DEM) comentou a divulgação de informações contidas no acordo de colaboração premiada supostamente fechado pelo ex-secretário de Estado de Educação Permínio Pinto com a Justiça. Mauro disse que as citações ao possível envolvimento do governador Pedro Taques (PSDB) no caso de corrupção investigado na Operação Rêmora envergonham o Estado.

“Eu duvido que um jornal da envergadura da Folha de São Paulo, um jornal de circulação nacional, ele se submeteria a uma denúncia eleitoreira e que muito menos o Ministério Público Federal (MPF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) iriam homologar uma delação sem que houvesse farta documentação e provas robustas sobre aquilo que estava sendo delatado. Nós lamentamos que, mais uma vez, Mato Grosso e esta administração estejam envolvidos em coisas que envergonham a todos nós”, disse Mauro Mendes.

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“Eu duvido que um jornal da envergadura da Folha de São Paulo, um jornal de circulação nacional, ele se submeteria a uma denúncia eleitoreira e que muito menos o MPF e o STF iriam homologar uma delação sem que houvesse farta documentação e provas robustas sobre aquilo que estava sendo delatado", disse o candidato.

O governador Pedro Taques se defendeu, na terça-feira (28), e questionou o momento da divulgação da delação de Permínio. “Isso é processo eleitoral. Engraçado, ao que consta, essa delação teria sido feita em dezembro e só agora, às vésperas da eleição, o conteúdo do documento é vazado. Por que não apareceu antes?”, disse o governador.

De acordo com a Folha de São Paulo, o ex-secretário teria afirmado que se reuniu com o governador Pedro Taques para discutir licitações de obras da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) que seriam direcionadas para empresas envolvidas em um cartel. O objetivo seria a cobrança de propina para pagar dívidas de um suposto caixa 2 da campanha de Pedro Taques ao Governo em 2014.

Permínio ainda teria entregado como evidência da participação do governador mensagens do aplicativo WhatsApp em que Taques teria pedido “facilidades nas licitações” da pasta. O ex-secretário deixou o Governo em maio de 2016, quando foi deflagrada a Operação Rêmora, e foi preso um mês depois, na segunda fase da operação. Ele saiu da prisão em dezembro de 2016.

Na semana passada, também veio à tona a homologação do acordo de colaboração premiada do empresário Alan Malouf, sócio do Buffet Leila Malouf. Alan seria, ao lado do ex-secretário-chefe da Casa Civil e primo do governador, Paulo Taques, o responsável por organizar o caixa 2 e encontrar meios de arrecadar recursos para cobrir a dívida depois da campanha. O empresário teria investido R$ 10 milhões que seriam recuperados por meio das fraudes na Seduc.

As duas delações teriam sido homologadas pelo ministro Marco Aurélio, do STF. Parte da colaboração já teria sido encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que julga os governadores.

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