Mauro compara Emanuel a ladrão de banco ao tentar alugar lâmpadas em Cuiabá e lamenta "gestão catastrófica"

RepórterMT

"Ao meu ver, é uma tentativa de desviar, de roubar dinheiro público", disse MAuro sobre a licitação de Emanuel suspensa pelo TCE.

RENAN MARCEL
DAFFINY DELGADO

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), afirmou na manhã desta sexta-feira (8) que a suspensão do processo licitatório da Prefeitura de Cuiabá para alugar de equipamentos iluminação pública foi como a polícia brecar um assaltante de banco.

Para o gestor, a licitação de mais de R$ 90 milhões pretendida pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não teria outra finalizade senão desviar dinheiro público, uma vez que já há lâmpadas de LED disponíveis para a Capital. O pregão foi suspenso na terça-feira (5) por decisão do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) José Carlos Novelli.

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"Ao meu ver, é uma tentativa de desviar, de roubar dinheiro público e isso não pode ficar de graça. É aquela história: se um bandido vai tentar assaltar um banco, e está lá no meio do assalto, aí chega a polícia e para o assalto, esse bandido cometeu crime ou não por tentar assaltar um banco? Todos nós sabem que é crime", comparou Mauro em entrevista à imprensa, durante a entrega da Escola Estadual Dione Augusta da Silva, no CPA IV, em Cuiabá.

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Em sua decisão, Novelli diz que relatório técnico da concessionária de energia apontou a necessidade de substituição de 75.924 lâmpadas em Cuiabá, que seriam fornecidas pelo governo estadual por força do convênio referente ao programa MT Iluminado. Nesse projeto, o município deveria arcar apenas com os custos da obra. Até o momento, contudo, a prefeitura utilizou apenas 12.846 luminárias de LED fornecidas pelo programa, restando 63.078 unidades, num total de R$ 28,7 milhões, que será arcado pelo Estado. Daí o apontamento do relator de qeu a licitação traria um um prejuízo de R$ 28 milhões.

"Chegou 100% das lâmpadas de LED, estão lá na Arena Pantanal, à disposição da prefeitura e ele nunca retirou e agora queria alugar, estranhamente, lâmpada de LED. Eu nunca vi isso na minha vida", completa Mauro.

Retorno de Emanuel

O governador ainda lamentou o retorno do prefeito Emanuel Pinheiro ao comando do Palácio Alencastro, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na quinta-feira (7). Disse que não conhece nem os elementos que levaram ao afastamento do emedebista, por determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e a pedido do Ministério Público do Estado (MPE), e pouco menos o argumento da defesa de Emanuel junto à Jutiça Federal.

"Eu conheço um pouco a dura realidade a que Cuiabá está submetida nos últimos anos com essa gestão catastrófica. Uma gestão que não consegue honrar compromissos. Houve muitos escândalos de corrupção, a saúde passou por intervenção. Nós devolvemos e os resultados são terríveis. São terríveis", finaliza.