RENAN MARCEL
DO REPÓRTER MT
O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo (União Brasil), afirmou que a proposta de estadualização do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) não é conveniente. O gestor defende que a Prefeitura de Cuiabá seja a responsável e busque soluções para a Saúde da Capital. Gilberto lembra que a administração municipal recebe recursos do governo federal e estadual para gerir as unidades de saúde.
"Se todos os municípios que tiverem hospital o Estado tiver que assumir a gestão, vai assumir a responsabilidade municipal. Não acho que isso seja conveniente. O município de Cuiabá é a Capital e recebe muitos recursos para a área da Saúde. Precisa apresentar soluções para isso", comentou na quarta-feira (3), durante a inauguração da ala pediátrica da Santa Casa.
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A sugestão de estadualização foi proposta horas antes da declaração do secretário pelos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em reunião com o governador Mauro Mendes (União Brasil) para tratar das contas do governo referentes a 2023. Na ocasião, o presidente do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo, explicou que a medida garantiria o melhor direcionamento dos recursos da saúde, que acumula passivos financeiros.
“A Prefeitura de Cuiabá não tem condições de tocar o HMC e o Hospital São Benedito do jeito que tem que ser feito. Hoje, a demanda é muito maior do que a capacidade que a estrutura tem de atender. É uma questão urgente", disse Sérgio.
Mauro Mendes, no entanto, pontuou que a questão será analisada com cautela. “Vamos estudar, mas o município tem que cumprir sua obrigação. Ele recebe dinheiro da União para prestar um serviço. A arrecadação mais que dobrou nos últimos oito anos, o que aconteceu que o dinheiro não está dando para mais nada?”.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por sua vez, se mostra favorável para a proposta.
Segundo a gestão municipal, o hospital é responsável por atender mais de 60% dos pacientes do interior do estado. “No entanto, é fundamental reconhecer que, sem o apoio do Estado, Cuiabá não poderá mais sustentar essa demanda crescente por atendimento médico de qualidade”, admitiu o gestor municipal.