Fávaro diz que seria incoerência se calar sobre multas e desvio do Fethab

RepórterMT/Reprodução

As críticas foram feitas pelo suposto desvio de finalidade dos recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).

FLÁVIA BORGES
DA REDAÇÃO

O vice-governador e pré-candidato ao Senado Carlos Fávaro (PSD) afirmou em entrevista à Rádio Capital FM que as críticas que tem feito ao Governo Pedro Taques são construtivas. 

As críticas foram feitas pelo suposto desvio de finalidade dos recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Ao invés de financiar investimentos em infraestrutura e logística, os recursos acabaram sendo aplicados na folha de pagamento e no custeio da máquina pública.

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Em 2017, o montante de R$ 200 milhões dos R$ 360 milhões totais arrecadados somente com Fethab 2 (óleo diesel) foram destinados para outras áreas. Os recursos são provenientes de contribuições do setor produtivo na comercialização de commodities e sobre o óleo diesel.

"Na gestão do ex-governador Silval Barbosa eu era presidente da Aprosoja [Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso] e protocolei um documento porque ele estava desviando recursos do Fethab para utilizar nas obras da Copa do Mundo. Compreendo o momento complicado que o Estado vive, mas eu não posso perder minha coerência. Não posso agora compreender que os recursos do Fethab sejam desviados da finalidade", afirmou o vice-governador. 

Fávaro também teceu críticas recentemente sobre a autuação de fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT) a produtores rurais por movimentar maquinários agrícolas em local diverso do especificado na nota fiscal.

Em uma gravação que circulou nas redes sociais, Fávaro chama o Estado de atrapalhador, pois em momento de colheita, tem apenas a intenção de arrecadar.

“Não posso concordar com um Estado que quer inverter as coisas e atrapalhar o desenvolvimento a qualquer preço. Nunca defenderei a ilegalidade. Nunca defenderei criminosos em qualquer área. Um Estado que tem na força de sua economia a agricultura, a agropecuária, que alavancam o desenvolvimento, homens e mulheres estão trabalhando no momento da colheita, gerando empregos, e ter um Estado como atrapalhador, eu não posso admitir”, disse o vice-governador.