DA REDAÇÃO
Em depoimento ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o empresário Marcelo da Costa e Silva, sócio da Santos Treinamento, afirmou que o ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, o Dóia, recebeu propina de R$ 3 milhões para suspender o edital de contratação de uma empresa para realizar o registro de financiamento de veículos em alienação fiduciária.
“[Marcelo da Costa e Silva] afirma que ocorreu a licitação no ano de 2009, sendo que antes desta data, por várias vezes o edital dessa licitação foi suspenso por ‘Doia’, presidente do Detran, o qual por motivos diversos sempre arrumava um motivo para suspendê-la; que afirma que a empresa GRV – de propriedade de Carlos Augusto Montenegro, responsável por fazer esse gravame no país todo não tinha interesse que o edital de MT fosse lançado, pois iriam perder esse mercado, sabendo o interrogando que sempre que Doia lançava o edital ele ia até o Rio de Janeiro e em São Paulo, se reunia com a gerência da GRV e no retorno acabava suspendendo o edital”, disse o empresário.
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Marcelo disse no depoimento que soube da informação por meio de um diretor da GRV, no Rio de Janeiro.
O empresário disse ao Gaeco que quando soube do esquema, foi até a casa de Dóia, localizada no bairro Jardim Petrópolis, em Cuiabá, e disse que sabia que o então presidente havia recebido os R$ 3 milhões em propina.
O empresário ainda teria dito a Dóia "que se ele continuasse com aquela atitude de impedir a execução do edital, iria denunciá-lo ao Ministério Público".
Conforme o depoimento, após essa conversa, Dóia soltou o edital e o processo fluiu de forma normal.