MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
O deputado federal eleito Juarez Costa (MDB) defendeu que o governador eleito Mauro Mendes (DEM) faça mais cortes nos gastos do Estado, além daqueles já anunciados até o momento. Para o futuro parlamentar, o “enxugamento” da máquina pública é o melhor caminho de conseguir mais recursos para investimento sem que haja necessidade de taxar o agronegócio.
A taxação do setor produtivo do Estado como medida para saída da crise financeira vem sendo discutida por diversos políticos de diferentes partidos. As duas opções mais fortes têm sido a de limitar o volume de exportações de commodities como soja, milho e algodão, fazendo com que seja recolhido ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Estado, ou aumentar a contribuição do Novo Fundo de Transporte e Habitação (Fethab 2).
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"Ele pode olhar o aluguel de carros da Polícia Militar... Se você fizer essa conta e comprar carros para a PM, e criar responsabilidade para que as pessoas cuidem como se fosse seu, acho que é possível economizar com essas terceirizações”, disse Juarez.
Juarez, que tem base na região de Sinop, cidade polo do agronegócio, afirmou que uma nova taxação ou a limitação das exportações poderia ter impacto negativo na economia do Estado.
“A máquina tem que se adequar. Não é criando impostos que vai resolver a situação. Tem que diminuir o peso do Estado... Não adianta ter crise financeira e querer sacrificar quem produz. A alternativa é o enxugamento da máquina. Eu sou contra qualquer tipo de taxação do agronegócio. O setor já paga imposto demais. As pessoas acham que não pagam, mas o agro contribui demais”, disse.
Para Juarez, a redução no número de secretarias anunciada não deve ter grande impacto nas contas públicas. “A estrutura continua. Você economiza o quê? O salário do secretário? Acredito que a diminuição de cargos de confiança é o caminho”, afirmou.
Mauro anunciou que nove secretarias devem ser extintas ou incorporadas a outras estruturas, reduzindo de 24 para 15 o total de pastas do Governo. O democrata também anunciou o corte de três mil cargos comissionados, contratados e de função gratificada. A economia estimada é de R$ 150 milhões.
“Eu acho que ele está fazendo o correto. Dentro da transição ele está sabendo o que vai pegar a partir do ano que vem. Vai ter que mexer muita coisa, eu fui prefeito de Sinop, sei como é. Ele vai ter que ver como está o Estado, mas o fato é que o peso do estado vai ter que diminuir. Ele é competente e tem uma equipe boa, tem condições colocar o Estado no eixo”, avaliou Juarez.
O deputado do MDB ainda disse considerar que é possível reduzir os gastos com veículos terceirizados no Estado. Juarez citou sua experiência como prefeito de Sinop, de 2009 a 2016.
“Quando entrei aqui, todo equipamento, todo maquinário era terceirizado. Eu comprei uma frota nova e a economia foi brutal. Ele pode olhar o aluguel de carros da Polícia Militar... Se você fizer essa conta e comprar carros para a PM, e criar responsabilidade para que as pessoas cuidem como se fosse seu, acho que é possível economizar com essas terceirizações”, projetou.
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Antonio 26/11/2018
Senão vai taxar quem produz deve taxar quem então. Os moradores de rua?
1 comentários