facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

24 de Novembro de 2018, 07h:00 - A | A

PODERES / EM DEFESA DO AGRO

Deputado eleito: Mauro tem que ‘enxugar a máquina’ e não taxar quem produz

O ex-prefeito de Sinop e futuro parlamentar do MDB, Juarez Costa, disse que parte da solução pode estar em revisão de contratos dos serviços terceirizados.

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



O deputado federal eleito Juarez Costa (MDB) defendeu que o governador eleito Mauro Mendes (DEM) faça mais cortes nos gastos do Estado, além daqueles já anunciados até o momento. Para o futuro parlamentar, o “enxugamento” da máquina pública é o melhor caminho de conseguir mais recursos para investimento sem que haja necessidade de taxar o agronegócio.

A taxação do setor produtivo do Estado como medida para saída da crise financeira vem sendo discutida por diversos políticos de diferentes partidos. As duas opções mais fortes têm sido a de limitar o volume de exportações de commodities como soja, milho e algodão, fazendo com que seja recolhido ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Estado, ou aumentar a contribuição do Novo Fundo de Transporte e Habitação (Fethab 2).

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

"Ele pode olhar o aluguel de carros da Polícia Militar... Se você fizer essa conta e comprar carros para a PM, e criar responsabilidade para que as pessoas cuidem como se fosse seu, acho que é possível economizar com essas terceirizações”, disse Juarez.

Juarez, que tem base na região de Sinop, cidade polo do agronegócio, afirmou que uma nova taxação ou a limitação das exportações poderia ter impacto negativo na economia do Estado.

“A máquina tem que se adequar. Não é criando impostos que vai resolver a situação. Tem que diminuir o peso do Estado... Não adianta ter crise financeira e querer sacrificar quem produz. A alternativa é o enxugamento da máquina. Eu sou contra qualquer tipo de taxação do agronegócio. O setor já paga imposto demais. As pessoas acham que não pagam, mas o agro contribui demais”, disse.

Para Juarez, a redução no número de secretarias anunciada não deve ter grande impacto nas contas públicas. “A estrutura continua. Você economiza o quê? O salário do secretário? Acredito que a diminuição de cargos de confiança é o caminho”, afirmou.

Mauro anunciou que nove secretarias devem ser extintas ou incorporadas a outras estruturas, reduzindo de 24 para 15 o total de pastas do Governo. O democrata também anunciou o corte de três mil cargos comissionados, contratados e de função gratificada. A economia estimada é de R$ 150 milhões.

“Eu acho que ele está fazendo o correto. Dentro da transição ele está sabendo o que vai pegar a partir do ano que vem. Vai ter que mexer muita coisa, eu fui prefeito de Sinop, sei como é. Ele vai ter que ver como está o Estado, mas o fato é que o peso do estado vai ter que diminuir. Ele é competente e tem uma equipe boa, tem condições colocar o Estado no eixo”, avaliou Juarez.

O deputado do MDB ainda disse considerar que é possível reduzir os gastos com veículos terceirizados no Estado. Juarez citou sua experiência como prefeito de Sinop, de 2009 a 2016.

“Quando entrei aqui, todo equipamento, todo maquinário era terceirizado. Eu comprei uma frota nova e a economia foi brutal. Ele pode olhar o aluguel de carros da Polícia Militar... Se você fizer essa conta e comprar carros para a PM, e criar responsabilidade para que as pessoas cuidem como se fosse seu, acho que é possível economizar com essas terceirizações”, projetou.

Leia mais:

Mauro acaba com 9 secretarias e 3 mil cargos a partir de janeiro; Veja lista

Aumento no Fethab 2 pode ser saída para não se limitar exportações de Mato Grosso

Comente esta notícia

Antonio 26/11/2018

Senão vai taxar quem produz deve taxar quem então. Os moradores de rua?

positivo
0
negativo
0

1 comentários

1 de 1