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Cuiabá, 15 de Março de 2025
15 de Março de 2025

19 de Agosto de 2013, 14h:28 - A | A

OPINIÃO / NOTA 4

Resposta das ruas

A população brasileira desaprovou as medidas tomadas pelo governo federal

GABRIEL NOVIS NEVES



A recente pesquisa CNI/IBOPE aponta que as recentes medidas tomadas pela Presidente, em resposta aos protestos de rua, recebeu nota quatro dos entrevistados.

A aprovação do seu governo despencou de 55% para 31%, diz o Instituto.

A população brasileira desaprovou as medidas tomadas pelo governo federal, obrigando-o a engatar uma marcha ré em seus projetos de permanência no poder.

O Programa “Mais Médicos” foi o mais rejeitado. A sociedade exige uma resposta imediata e sensata.

O governo optou por um remédio eleitoral que não deu certo. Os Ministros da Educação e da Saúde não se entendem mais, e o recuo é evidente.

O “espichamento” do Curso de Medicina por mais dois anos está enterrado.

O Ministro da Educação quer transformar esses dois anos em Residência Médica em qualquer área.

A classe médica, que jamais foi consultada, não vê como formar profissionais de qualidade com a estrutura física existente nos municípios brasileiros.

Já o seu colega da Saúde, por incrível que pareça, concorda com a ideia do seu colega economista, com um porém.

Defende que essa Residência, feita nos municípios sem estrutura física adequada para o exercício digno da medicina, seja feita nas áreas de urgência, emergência e atenção básica à saúde.

O desconforto do governo com as vaias das ruas e os números das pesquisas é evidente.

 

Aquela história de obrigar médicos recém-graduados a prestarem serviços no interior para torná-los mais humanizados no tratamento dos seus pacientes é carta fora do baralho.

A saúde foi o setor de atendimento que mobilizou 43% da população para os protestos, ganhando da corrupção (35%), melhoria da segurança pública (20%) e contra a inflação (16%).

A onda de protestos jogou na faixa da reprovação popular, não apenas a Presidente, que obteve nota quatro, mas também governadores, prefeitos, senadores e deputados federais.

Enfim, os políticos desta nação.

Vamos trabalhar sério, sem pensar em eleição e cuidar da nossa população que sofre?

Seria pedir muito para a privilegiada classe política deste país de democracia imperial?

É sempre bom lembrar que a história costuma surpreender os egoístas do poder, mudando o curso do rio que serve aos poderosos de plantão.

Nas palavras de Millôr Fernandes, “ser pobre não é crime, mas ajuda a chegar lá”.

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