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Cuiabá, 14 de Setembro de 2025
14 de Setembro de 2025

22 de Fevereiro de 2016, 09h:07 - A | A

OPINIÃO /

Queda de braço!

Discutir a implementação do VLT sem voltarmos ao passado, seria uma temeridade.

LÍCIO MALHEIROS



A sobreposição de poderes constituídos em nosso país vem se tornando uma constante, e o que é pior, tem saído da esfera meramente institucional e,  chegando às paginas dos noticiários midiáticos. Momento em que, o poder Executivo vem se digladiando com o Legislativo, com relação a questões pontuais; como aconteceu, no episódio nefasto e vergonhoso, envolvendo o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

De um lado o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), de outro o secretário de Estado de Cidades, Eduardo Chiletto, esta cizânia, ocorreu por conta, da não apresentação de um relatório que a empresa KPMG Consultoria, de São Paulo, que foi contratada pelo estado em novembro do ano passado, por R$ 3,08 milhões para elaborar um relatório apontando se a implantação do VLT é financeiramente viável e o cronograma para a execução da obra e do valor necessário para a finalização do projeto. Ocorre, porém, que a Justiça Federal estendeu o prazo de suspensão das obras do Veiculo Leve sobre Trilhos (VLT), até a conclusão do estudo técnico de viabilidade de implantação desse modal, que terá data limite em 19 de março.

Discutir a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) sem voltarmos ao passado, seria no mínio uma temeridade. No dia 13 de maio de 2009, foram anunciadas as sedes oficiais da copa do mundo; a lista anunciou as doze cidades escolhidas, entre as quais Cuiabá figurava entre elas, isso foi motivo de festa e alegria para toda população cuiabana e mato-grossense.  

Ai entra em cena, a escolha do modal a ser implementado em Cuiabá, na tentativa de desafogar o trânsito caótico da capital.

Existiam duas possibilidades plausíveis e aceitáveis, o Bus Rapid Transit (BRT), com um preço infinitamente menor e, a segunda opção seria o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que é interessantíssimo também; não fosse à malversação  do dinheiro público, na implementação desse projeto alvissareiro.

Na época da escolha do modal a ser implementado, fomos voto vencido, pois na oportunidade, não houve um plebiscito para escolha do melhor modal a ser utilizado.

Vou mais além, naquela época,  ecoou uma voz muito forte do Legislativo, que literalmente, bateu o martelo com relação ao modal Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), como sendo o mais viável, não vou declinar seu nome, pois o meu objetivo não é encontrar culpados, e sim tentar equacionar o problema existente, de forma harmoniosa e racional.

Agora, não adianta mais chorar o leite derramado, é inadmissível que poderes entrarem em rota de colisão; como, se ataques pessoais e palavras de baixo calão, fossem resolver o problema.

O deputado Emanuel Pinheiro (PR) eu o conheço, trata-se de um parlamentar atuante, com uma folha de serviços prestados a sociedade cuiabana e mato-grossense de dar inveja.

Agora, a exposição midiática com ataques ao secretário de Estado de Cidades, Eduardo Chiletto; ele, não  conheço, e nem sei tão pouco quem é, porém, chamá-lo de “patético”, “incompetente” e “desqualificado”, acaba na verdade, respingando na imagem do governador Pedro Taques (PSDB), mesmo não o conhecendo também, tenho maior apreço e carinho por ele, em função do seu trabalho hercúleo na governança do Estado, na tentativa de moralizá-lo.

O Consorcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, responsável pela obra de R$ 1,477 bilhões, se manifestou favorável ao pedido feito pelo governo do estado desde que a justiça fosse responsabilizada pelos custos de manutenção do material já implementado, o que foi rejeitado pelo juiz Ciro José de Andrade Arapirava, da 1ª Vara Federal.

 

Do montante de R$ 1,477 bilhões o consórcio já consumiu R$ 1,06 bilhões do estado, e está parada desde dezembro de 2014. Agora, basta aguardarmos a complementação do relatório, que tem prazo de entrega para o dia 19 de março; ai sim, os órgãos competentes poderão tomar as devidas providências com relação à execução dessa obra, de suma importância para a população cuiabana e várzea-grandense.

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