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Cuiabá, 12 de Fevereiro de 2025
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08 de Setembro de 2018, 07h:55 - A | A

OPINIÃO / SANDY LIMA

Previna-se contra o suicídio

Precisamos estar atentos aos sintomas já que existem situações em que podemos observar mudanças no comportamento



O suicídio vem matando mais que a AIDS, e até chega ter números que superam alguns tipos de câncer. Ainda existe um tabu em relação às doenças psicológicas: por serem consideradas pecados na maioria das religiões, as pessoas têm medo de falar a respeito. A falta de conhecimento dos amigos e familiares é outro fator que prejudica muito a intervenção, e com isso a ajuda chega de forma tardia.

Com isso nasceu a necessidade de criar campanhas, para assim falar abertamente dos assuntos ligados à depressão, e por ser comemorado no dia 10 de setembro o dia mundial de prevenção ao suicídio, criou-se o mês do Setembro Amarelo.

Hoje, Mato Grosso tem os menores casos de suicídio do País, segundo a referência apontada no caderno de indicadores de 2017 (SEPLAN), sendo 3,6 ocorrências para cada 100 mil habitantes, em 2016 os números começaram a aumentar.

Precisamos estar atentos aos sintomas, já que mesmo sendo uma doença silenciosa, existem situações em que podemos observar algumas mudanças no comportamento, sendo elas:

Pensamentos suicidas: remoem pensamentos obsessivamente e não conseguem controlar, perdem a esperança, não encontram significado na vida, ocorre dificuldade em concentração e às vezes os depressivos definem esse pensamento como névoa, sem clareza das ações.

Emoções suicidas: geralmente as emoções são de extrema ansiedade, raiva, sentimento de vingança, muita vergonha ou culpa, e os níveis desses sentimentos são elevados, chegando sufocar, levando a crer que não existe solução.

Avisos verbais: perceber quando a pessoa começa a fazer muitas referências sobre a morte; frases negativas como “a vida não vale a pena”, “não vou mais ficar triste porque não vou estar mais aqui”, “você vai sentir minha falta quando eu for” ou “ninguém vai sentir minha falta se eu morrer”, “não aguento a dor, não consigo lidar com isso”, “estou tão sozinho que queria morrer”, “não se preocupe, eu não vou estar por aqui para ver o que vai acontecer”, “não vou te atrapalhar mais”, ou “queria não ter nascido”, entre outras.

Melhora súbita: fique atento às mudanças repentinas, se o comportamento depressivo instantaneamente desaparecer, pode ser que a pessoa tomou a decisão de colocar um fim na própria vida.

Mudanças de comportamentos: pode ocorrer o desejo de visitar parentes que há muito tempo não tinha contato, fechar pontas soltas, fazer doações dos seus pertences.

Uso abusivo de álcool e drogas, direção perigosa, sexo sem proteção com vários parceiros pode ser um sinal de alerta. Observar também se a pessoa comprou algo suspeito, como armas e remédios.

Mudança de rotina: observe se a pessoa parou de frequentar lugares que sempre gostou de ir, ou parou de fazer atividades que lhe proporcionavam prazer. Perda de energia para atividades do dia a dia.

Não ignore fatores de risco: morte de um ente querido, perda de emprego, bullying e separações traumáticas podem afetar e intensificar desejos suicidas. Um histórico de abuso físico ou sexual também pode servir de gatilho, assim como tentativas prévias de suicídio.

Precisamos falar abertamente sobre depressão e entender a doença, deixar a pessoa conscientizada de que existe ajuda e que a melhor solução não é a morte, mas sim FALAR abertamente sobre o que vem sentindo, saber que a vida tem importância sim, que sua família e amigos necessitam da sua presença.

Quando encontrar alguém que está em depressão, precisa achar um tom certo para iniciar a conversa, sem preconceito e não tratar a doença como se fosse drama, nem exija que a pessoa seja mais forte.

Ofereça ajuda, existe o número 141 (centro de valorização a vida), que é um serviço exclusivo para pessoas que pensam em retirar a própria vida.

Busque ajuda de um psicólogo e após a pessoa iniciar o tratamento, esteja junto acompanhando, verificando se a pessoa tem tomado, os remédios.

Ajuda a divulgar a campanha na sua empresa, deixe informações sobre a importância de observar os sintomas, fale a importância de cuidar do bem-estar físico e mental!

FALAR é a melhor opção e dizer que existe pessoas preparadas para ouvir!

DEPRESSÃO

NÃO é DRAMA

NÃO é frescura

NÃO é para chamar ATENÇÃO!

SANDY LIMA é graduada em psicologia e pós-graduada em gestão de pessoas e coaching.

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